Depois de diversas devoluções de comida, empresa terceirizada que teve cozinha interditada deve preparar as refeições dentro do Joana de Gusmão, sob a supervisão de uma nutricionista
Hospital Infantil de Florianópolis terá cozinha nova na segunda-feira
A partir de segunda-feira, toda a comida servida no Hospital Infantil Joana de Gusmão será produzida na própria cozinha do estabelecimento, em Florianópolis, o que pode dar fim à polêmica das refeições estragadas que vinham sendo entregues.
A comida do local virou notícia esta semana, quando a Sepat — empresa terceirizada para fornecer o alimento ao hospital — teve a cozinha interditada pela Vigilância Sanitária, por não oferecer condições sanitárias.
A cozinha da Sepat fica no Bairro Estreito, na região Continental da Capital, e a comida era transportada todos os dias para o Bairro Agronômica.
A cozinha do hospital estava em reforma desde outubro do ano passado — mesmo mês em que a Sepat foi contratada para fornecer comida à instituição, por um custo mensal de R$ 80 mil.
Faltariam apenas os equipamentos
Agora, segundo o chefe de gabinete da Secretaria de Estado da Saúde (SES), Fernando Luz, o início das atividades depende apenas da instalação dos equipamentos da empresa. Em uma reunião sexta-feira à tarde, a empresa se comprometeu a terminar o serviço até a noite de domingo. A partir de então, toda a produção alimentícia será acompanhada e supervisionada pela nutricionista do hospital
Ultimato — A empresa foi notificada pela Secretaria de Saúde (SES) esta semana e deve justificar as constantes devoluções. Caso contrário, poderá ser penalizada (a SES não especificou como). O dono da Sepat não foi localizado para comentar o caso.
Nos últimos 15 dias, a comida fornecida pela Sepat teve de ser devolvida seis vezes. Na quarta-feira, toda ela voltou novamente, o que gerou atraso na entrega: as refeições tiveram de ser feitas em uma cozinha alternativa, por uma empresa subcontratada pela Sepat.
Sexta-feira, a comida foi produzida em uma filial da própria Sepat, em Joinville, e transportada em boxes térmicos até a Capital. No hospital, porém, surgiu a suspeita de que a carne não estava em condições de ser servida, o que levou técnicos da Secretaria do Estado de Saúde até o hospital para medir a temperatura ideal da comida. Mas nenhum problema foi detectado.
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