Crime na Capital chega até Unesco

Diretora-Geral da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e a Cultura (Unesco), Irina Bokova, condenou o assassinato do jornalista Auro Ida, 53, executado com 6 tiros no dia 21 julho, no bairro Jardim Fortaleza, periferia de Cuiabá, crime que continua sem solução.

A Polícia Civil de Mato Grosso trabalha com a hipótese de crime passional e chegou a deter 2 suspeitos que foram liberados após prestarem depoimentos. De acordo com o Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ), Auro Ida é o quarto jornalista assassinado este ano no Brasil.

Através de comunicado oficial, Irina, que está em Paris, na França, afirmou que "o uso da violência para parar os jornalistas de exercerem o seu direito humano fundamental da liberdade de expressão é inaceitável. É essencial que as autoridades levem os assassinos de Auro Ida à Justiça".

A nota emitida pela diretora da Unesco lembra ainda que Auro Ida foi ex-secretário de imprensa do governo de Cuiabá e atuou em outros veículos de comunicação local, foi morto a tiros em seu carro por um homem não identificado. "Ao que parece, Ida investigava casos de corrupção política local no momento de sua morte. Ele havia declarado também que estaria recebendo ameaças", lembra.

Por outro lado, as investigações que estão sob responsabilidade da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), chefiada pelo delegado Antônio Garcia, permanecem na linha de que a motivação do crime foi passional, uma vez que o jornalista teria se relacionado com outras garotas do bairro, onde foi morto quando deixava a namorada Bianca Corrêa Souza, 19, em sua casa.