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Saúde
Sexta - 29 de Julho de 2011 às 16:16

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Astrônomos também são capazes de colaborar com o desenvolvimento de novos tratamentos contra o câncer.

Ao tentar desvendar a composição de estrelas e buracos negros, um grupo fez uma descoberta que, afirma, poderia ser aplicada em um método mais seguro e mais efetivo de radioterapia com o uso de elétrons de baixa energia.

"Como astrônomos, aplicamos física e química básicas para entender o que estava ocorrendo com as estrelas", comentou Sultana Nahar, da Universidade do Estado de Ohio (EUA), que participou do estudo. "Estamos muito animados em aplicar o mesmo conhecimento [em saúde]."

A ideia surgiu durante uma análise de substâncias que compõem as estrelas. Em simulação computadorizada, os astrônomos detectaram como metais pesados absorvem diferentes níveis de radiação.

Durante a pesquisa que até então tinha ainda como enfoque as galáxias, descobriu-se que metais como o ferro e o ouro emitem elétrons de baixa energia quando expostos a raios X em algumas situações específicas.

Esse conceito poderia ser usado na destruição de tumores, com a vantagem de a carga de radiação em células saudáveis ser menor do que a utilizada em aparelhos atuais.

A partir daí, os cientistas chegaram à possibilidade de se injetar nanopartículas de metais pesados dentro e ao redor dos tumores, que receberiam uma carga curta e concentrada de radiação para combater o câncer.

"Com a espetroscopia de raios X podemos dizer quais as energias necessárias e quais átomos ou moléculas são mais efetivas em cada tratamento", diz Nahar.

As conclusões do trabalho foram apresentadas no último dia 24 durante o Simpósio Internacional de Espectroscopia Molecular.






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