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Nacional
Quinta - 28 de Julho de 2011 às 21:36

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A Polícia Civil concluiu o inquérito sobre a morte do estudante da USP Felipe Ramos Paiva, 24, e solicitou a prisão preventiva de Daniel de Paula Celeste Souza, 25, acusado de efetuar os dísparos que mataram Paiva, dentro da universidade, no último dia 18 de maio.

"Ouvimos uma testemunha ocular do crime e as versões dela e dos dois suspeitos são idênticas. Com isso damos o caso como encerrado", disse Maurício Guimarães Soares, divisionário do DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa).

Segundo a SSP (Secretaria de Segurança Pública), o pedido de prisão foi feito à 3ª Vara Criminal do TJ (Tribunal de Justiça) de São Paulo, na última quarta-feira (27). O prazo previsto para resposta é de três dias.

Souza está preso temporariamente devido ao homicídio contra o estudante da USP e também por ter sido flagrado com uma arma ilegal, quando foi detido em Osasco --no último dia 13 de julho.

"Quem atirou foi o Daniel [Souza], pois o comparsa ficou em um outro carro, aguardando e cuidando da mulher que eles haviam sequestrado. Quando o estudante reagiu, ele se assustou e atirou", disse Soares --que ainda falou sobre a reação do atirador após os disparos.

"A mulher feita refém nos contou que o Daniel voltou muito abalado e assustado após o disparo. Até nos depoimentos ele não parecia ser um típico homicida", contou o divisionário.

Antes de Souza, Irlan Graciano Santiago, 22, havia se apresentado à polícia no dia 9 de junho e confessado a participação no crime. À época, porém, ele disse que seu parceiro é quem tinha atirado contra o estudante.

Em um primeiro momento, Santiago havia afirmado que não revelaria o nome do autor dos disparos em nome da "ética do crime". O suspeito chegou a ser liberado já que não houve flagrante e ele não tem antecedentes criminais, mas voltou a ser preso no dia 16, após a prisão preventiva ser decretada pela Justiça.

De acordo com o depoimento de Santiago à polícia, uma mulher em um Ecosport escuro foi abordada antes de Paiva. A dupla resolveu não assaltar a mulher após perceber que ela era deficiente, mas pediu que ela dirigisse até eles encontrarem outra vítima. Foi quando avistaram Paiva.

Santiago disse que ele ficou no Ecosport, ao lado da motorista, enquanto Sousa desceu. Paiva teria reagido e acertado dois socos e, por isso, o comparsa atirou. Os dois fugiram no Ecosport.

O estudante foi encontrado caído ao lado de seu carro --um Passat preto blindado--, que estava com a porta do motorista aberta. Não foi possível socorrê-lo.

O DHPP divulgou, logo após o crime, imagens que mostram dois suspeitos de participação no assassinato do estudante. Os dois homens --que não são alunos da USP-- aparecem em imagens de circuito interno saindo do saguão do prédio da FEA minutos antes do crime.

Só no dia 20 de maio, durante investigação do crime, oito pessoas foram averiguadas e liberadas em seguida pela polícia.

VIGILÂNCIA

A Polícia Militar aumentou sua presença no campus da USP após o assassinato do estudante.

Segundo a PM, o efetivo mais que dobrou em alguns momentos do dia e passou a contar com carros da força tática, radiopatrulhas e mais motocicletas, sobretudo à noite. Alegando "questões estratégicas", a PM não revelou o efetivo usado na USP.

A USP registrou ao menos cinco casos de sequestros-relâmpagos dentro da Cidade Universitária entre os meses de março e abril.






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