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Economia
Quinta - 28 de Julho de 2011 às 17:06

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Os números mostram que o aumento de animais confinados em 2011 em relação ao ano passado foi de 34,7%. Em 2010 foram confinados 592.834 mil animais e o levantamento realizado Imea - Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária de MT mostra que existe a intenção de confinar 798.410 mil cabeças em 2011, desses, 90,2% do gado magro já foram adquiridos, mas a aquisição de volumoso é de apenas 40,4%. “Isso demonstra que a intenção de confinamento pode diminuir, pois o item alimentação representa mais de 20% do custo do confinamento”, analisa o superintendente da Associação dos Criadores de Mato Grosso – Acrimat – Luciano Vacari.

O aumento nas intenções de confinamento também foi observado no primeiro levantamento feito em abril para o segundo realizado neste mês de julho em 3,7%. De 770.266 mil animais subiu para 798.410 mil cabeças “Esse aumento foi uma surpresa para nós, pois esperamos uma redução e a explicação está na rentabilidade do negócio que hoje é de mais de 20%”, explicou o superintendente do Imea, Otávio Celidonio. Ainda será feito um terceiro levantamento das intenções em outubro.

Mas, apesar desse aumento o número de animais confinados não é suficiente para atender a demanda dos frigoríficos. Mato Grosso deve abater este ano 4,5 milhões de cabeças e o boi gordo que sai do confinamento representa 17% dessa demanda, chegando a 26% no período de pico da entrega desses animais, que acontecerá em outubro. “O confinamento não alivia a situação dos frigoríficos, pois terão que buscar os animais de campo, que estão sem pasto”, disse. Ele observa que muitos frigoríficos estão fazendo confinamento para ter uma “reserva de boi gordo, enquanto os produtores optam em confinar por não ter pasto suficiente para alimentar o gado e os empresários, que montam uma estrutura de confinamento, confinam com uma visão empresarial de um negócio rentável”.

A região que mais aumentou o número de animais confinados foi o Médio Norte com um acréscimo de 69,4% das intenções com relação ao ano passado, seguido pelo Nordeste com 61,4%. Essas regiões foram as que mais sentiram a forte seca de 2010 e a falta de pasto levou esse gado para o confinamento, tanto que esses animais vão ter uma participação de 23% no Médio Norte e 21% do Nordeste no número de abates. Em contra partida, a região Sudeste registrou uma queda de 18,1% “uma clara consequência no fechamento do frigorifico Mataboi de Rondonópolis que abatia 800 cabeças por dia”, analisou Luciano Vacari.

Mato Grosso é o terceiro maior confinador de bovinos do Brasil, atrás apenas de Goiás e São Paulo. No segundo levantamento das intenções dessa alternativa de engorda do gado pronto para o abate neste ano de 2011, demonstra que a tendência é subir no ranking. “Mato Grosso tem todas as condições de se tornar o maior confinar de bovinos do Brasil, pois aqui está o maior rebanho e a maior produção de grãos”, analisa o superintendente da Acrimat – Luciano Vacari.

Fazendo uma avaliação para o mercado consumidor, Vacari acredita que “isso vai depender muito da margem de lucro que o varejo vai colocar na hora de cortar o bife da carne do boi, pois nos últimos cinco anos, enquanto os preços da arroba e dos produtos dos frigoríficos tiveram um reajuste de 84% o varejo aumentou o preço da carne para o consumidor em 140%”.






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