Crédito financeiro estimula produção de seringueiras na região noroeste de SP
Atualmente, 70% da borracha é importada no Brasil; Governo Federal quer mudar essa estatística. Quase 70% de toda a borracha utilizada no Brasil é importada. Há 100 anos, a realidade era outra: o país era um grande exportador do látex. Agora, o Governo quer incentivar os agricultores a plantarem a seringueira. Na região noroeste do interior paulista, já tem gente ganhando dinheiro no setor. Em um viveiro no município de Macaubal, as mudas são preparadas até a hora de serem plantadas no campo. Luciana Pícolo está com a terra quase pronta para receber as seringueiras. A produtora tem uma área de 10 hectares onde plantará 5 mil mudas. Ela foi atraída por um tipo de crédito, oferecido por uma instituição financeira, que está ajudando pequenos produtores que nunca mexeram com seringueira. Como o país produz apenas um terço da quantidade necessária de borracha para as indústrias, a ideia é incentivar os produtores. O crédito oferecido por um banco do Governo Federal é de R$ 100 mil por produtor, com juros que chegam até 6,75% ao ano. Como a seringueira demora 7 anos para começar a produzir látex, quem conseguir o crédito terá o mesmo período de carência e até 12 anos para quitar o débito. Segundo especialistas, com mais produtores investindo no mercado, é possível que o Brasil diminua a importação da matéria prima de países da Ásia, principalmente para a fabricação de pneus. Quem investe no setor comemora o retorno, como Pompílio Bragini, que tem 3 mil seringueiras. O lucro com as seringueiras também atrai novos investimentos no setor. Naiara trabalha em uma empresa que dá suporte a produtores, desde o preparo da terra até a sangria.
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