Brasil tenta traslado de corpos de engenheiros mortos no Peru

O governo brasileiro tentará nesta quinta-feira providenciar o translado dos corpos de dois funcionários da empresa Leme Engenharia, que foram encontrados mortos ontem na selva peruana.

O engenheiro Mario Augusto Soares Bittencourt, 61 anos, e o geólogo Mario Gramani Guedes, 57 anos, desapareceram na segunda-feira passada (25), enquanto faziam um levantamento de campo para verificar o melhor lugar para construir a Hidroelétrica Vera Cruz.

"A policia peruana encontrou os corpos intactos, um ao lado do outro, sem qualquer sinal de violência", disse o embaixador do Brasil no Peru, Carlos Alfredo Lazary Teixeira. "Eles estavam com todos seus pertences: carteira, celular e maquina fotográfica."

Segundo o embaixador, os resultados preliminares da autópsia não revelaram a causa da morte, mas ainda falta realizar outros testes de laboratório. Uma das hipóteses que os investigadores locais estariam trabalhando seria morte causada pelo frio ou pela altitude.

O embaixador informou a presidente Dilma Rousseff dos resultados da investigação. Ela está no país para acompanhar, hoje, a posse do presidente do Peru, Ollanta Humala.

MORTE

A polícia peruana iniciou as buscas na segunda-feira passada, quando pessoas que trabalhavam com os dois brasileiros avisaram que eles haviam faltado a um encontro.

Os corpos foram achados às 6h30 de ontem, nas proximidades do Rio Maranhon, a 300 km da cidade de Bagua Grande, no Estado de Amazonas, no norte do Peru. O local fica a 2.800 metros de altitude, o que torna difícil a respiração.

A imprensa chegou a especular que os dois foram atacados por habitantes da região que são contrários à construção da hidrelétrica. Mas, como não há sinal de violência, as autoridades descartam essa hipótese.