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Internacional
Quinta - 28 de Julho de 2011 às 10:24

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Roberto Stuckert Filho/Presidência
Presidenta Dilma Rousseff cumprimenta o prefeito de Urubamba (Machu Picchu) ao chegar no Hotel Swissôtel
Presidenta Dilma Rousseff cumprimenta o prefeito de Urubamba (Machu Picchu) ao chegar no Hotel Swissôtel
A presidenta Dilma Rousseff iniciou nesta quinta-feira uma agenda de dois dias voltada para as relações com vizinhos da América do Sul ao participar da posse do presidente eleito do Peru, Ollanta Humala, em Lima. A cerimônia começa no Congresso Nacional e termina com um almoço oferecido por Humala, no Palácio do Governo. Na sexta-feira, Dilma recebe a presidenta da Argentina, Cristina Kirchner, como parte da agenda periódica de encontros bilaterais.

A presidenta está no Peru desde a noite de ontem (27) e retorna ao Brasil no fim do dia. Dilma deve participar ainda de uma reunião extraordinária da União de Nações Sul-Americanas (Unasul). Um dos temas será a necessidade de integração regional para fazer evitar consequências da crise que afeta os Estados Unidos e países da União Europeia.

"O continente tem que estar preocupado com a situação mundial porque estamos assistindo a modelos econômicos derretendo", disse o assessor especial da Presidência, Marco Aurélio Garcia, em entrevista a imprensa.

Segundo ele, uma recessão nos países desenvolvidos afetara a região – especialmente as economias de países como o Peru, que dependem mais de exportações. Daí a importância de uma maior integração regional e da busca de novos mercados, como China e Índia.

Marco Aurélio também falou da tendência de aliar crescimento econômico à melhor distribuição de renda. “Não basta só crescer e a população ficar ao Deus dará", disse ele. Como exemplo, citou o caso de Humala, que inspirou-se no ex-presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva e prometeu ampliar os projetos sociais, sem mexer no modelo econômico.

O nacionalista Ollanta Humala assume a presidência do Peru após ter vencido uma disputa acirrada com a conservadora Keiko Fujimori, filha do ex-presidente Alberto Fujimori (1990-2000).

Humala escolheu o Brasil como destino para a primeira visita após a eleição e explicou ter feito a opção por considerar o país modelo de desenvolvimento econômico com inclusão social. Durante a visita, em junho, Humala declarou a intenção de reforçar a atuação do Peru na Unasul e no Mercosul, onde é membro associado. Citou ainda o narcotráfico como um dos desafios a ser enfrentado em conjunto com os países vizinhos.

Analistas políticos e econômicos avaliam que, internamente, um dos principais desafios de Ollanta Humala será a falta de emprego no Peru e o elevado percentual de pobreza no país – aproximadamente 30% da população são considerados na faixa de pobreza.

Entre os presentes, também figuram o príncipe de Astúrias, Felipe de Bourbon, e os presidentes de Argentina, Cristina Kirchner; Equador, Rafael Correa; Colômbia, Juan Manuel Santos; Uruguai, José Mujica; e Chile, Sebastián Piñera, que chegaram a Lima nesta quarta-feira.

Embora ainda não tenha chegado à capital peruana, Evo Morales, presidente da Bolívia, também é esperado.

Após a posse de Humala, os chefes de Estado presentes participarão de uma cúpula da União das Nações Sul-Americanas (Unasul), que será seguida por outra de presidentes dos países-membros da Comunidade Andina (CAN).






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