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Quinta - 28 de Julho de 2011 às 09:28
Por: ANA ROSA FAGUNDES

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O governador Silval Barbosa (PMDB) e o presidente da Agecopa Eder Moraes começam a divergir na definição sobre o modal de transporte do projeto de mobilidade urbana para a Copa de 2014.

O governador afirma, que independente do modelo a ser adotado - seja BRT ou VLT -, ele ficará pronto a tempo para a Copa do Mundo. Já presidente da Agecopa afirma que a Copa pode acontecer sem o novo sistema estar operando plenamente. O BRT é o modelo no qual ônibus circulam por corredores exclusivos. Já o VLT é o transporte em veículo sobre trilhos.

Em entrevistas recentes, Eder Moraes ressaltou que o sistema de transporte não é condição sine qua non para a realização da Copa do Mundo em Mato Grosso. O termo em latim refere-se a uma ação ou condição indispensável, “sem a qual não pode ser”. Para o presidente, a Copa pode ser feita no Estado sem o novo sistema de transporte, devendo ser escolhido hoje o mais moderno e o melhor, para que fique de legado para o povo cuiabano.

Já o governador não faz defesa pública de nenhum dos dois modelos, só afirma que ele ficará pronto no prazo. O problema é que a construção do VLT leva mais tempo que a do BRT. E são grandes as chances de não ficar pronto antes do Mundial.

Na quarta-feira da semana passada, Eder Moraes esteve em Brasília para fazer uma exposição dos projetos da Copa para representantes dos ministérios do Planejamento, Cidades e Transportes. No encontro, o presidente da Agência da Copa em Mato Grosso tentou convencer os representantes do governo federal a autorizarem a mudança do BRT para o VLT.

No entanto, conforme informou Eder Moraes, ainda não houve resposta e o governo Federal pediu 10 dias para analisar a proposta. Outro empecilho é que o VLT custará cerca de R$ 600 milhões a mais que o BRT. Informações de bastidores, no entanto, dão conta de que o clima da reunião não foi nada ameno, pois os representantes do governo federal mostram preocupação com a diferença de valor.

O BRT foi escolhido ainda em 2009, no governo do hoje senador Blairo Maggi (PR). Foram dois anos de estudos e projetos de viabilidade. O governador dispensou o VLT por causa do alto custo e baseado em estudos de que o corredor para ônibus seria suficiente para atender a demanda da Capital e Várzea Grande. Recentemente o senador declarou que, se fosse ele, não teria mudado a escolha do sistema.

Caso o governo volte a atrás e fique com o BRT haverá uma sai justa já no mês passado foi anunciado oficialmente pelo presidente Eder Moraes a escolha do VLT.

A discussão sobre o novo modelo começou no final do ano passado, encabeçado pelo presidente da Assembleia Legislativa, deputado José Riva (PP). As discussões foram intensificadas depois que Eder foi nomeado presidente. Uma comitiva formada por deputados, Eder e o governador chegou a ir à Portugal para conhecer o VLT de Porto.





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