Silval ainda não decidiu se continuará no governo ou sairá candidato

Com mais de R$ 3,5 bilhões em investimentos de recursos federais (PAC e emendas parlamentares) e estaduais (empréstimos e Fethab) para o setor rodoviário sendo executados pelo Governo de Mato Grosso, o governador Silval Barbosa (PMDB) deve repensar sua intenção de permanecer até o final do seu mandato em 31 de dezembro ou se desincompatibilizar em 31 de março e disputar uma nova eleição, já que por ter sido reeleito em 2010 não pode mais disputar o Governo do Estado.

 

O chefe do Executivo despista quando o assunto é eleição e frisa que ainda tem muito trabalho a fazer e muita realização a ser entregue para o benefício da população de maneira geral e lembrou que a quase totalidade destes recursos é para todos os municípios de Mato Grosso e não para obras da Copa do Mundo, como muitos gostam de pregar que o Estado virou as costas para as cidades e prestigiou apenas Cuiabá e Várzea Grande.

 

O secretário de Transportes e Pavimentação Urbana, Cinésio Oliveira, sinalizou que 80% das obras do MT Integrado, programa de pavimentação de acesso de 44 municípios à capital de Mato Grosso, Cuiabá, serão concluídas até o final de 2014. "Mas temos muitas outras obras em execução realizadas com recursos próprios", disse o secretário, sinalizando que no primeiro momento não dá para saber, mas no futuro o Governo Silval Barbosa será reconhecido pelas realizações.

 

Além do MT Integrado, a Secretaria executa ainda outros programas rodoviários, como o Proinveste, e aguarda a liberação de novo empréstimo para execução de mais de 200 pontes de concreto através do Proconcreto, já aprovado pelos deputados estaduais e pela Secretaria do Tesouro Nacional (STN), aguardando apenas o financiamento por uma instituição de crédito oficial.

 

O secretário demonstrou otimismo em relação ao futuro da logística em Mato Grosso e sinalizou estarem corretas a busca de soluções na iniciativa privada com a implantação de pedágios para a manutenção das rodovias que cortam todo o país, sejam elas federais ou estaduais. "Mato Grosso, pela sua peculiaridade na sua extensão, nas áreas ambientais e nas áreas indígenas, precisa de uma política definitiva que permita a exploração racional de novas rodovias que incrementem ainda mais a produção do agronegócio que está sustentando a economia do Brasil e mantendo o superávit da balança comercial brasileira, que movimentou em exportações US$ 72 bilhões em 2012", disse o secretário Cinésio de Oliveira.

 

Ele lembrou que o governador foi um empreendedor ao buscar financiamentos que permitiram a execução dessas obras.