Após medidas do governo, empresas puxam venda de carros, diz GM
O crescimento no emplacamento de carros, que chegou a 9,5% no primeiro semestre, está sendo sustentado pela venda para empresas, afirma o presidente da GM na América do Sul, Jaime Ardila.
"O varejo está parado", comentou o executivo nesta quarta-feira na apresentação para a imprensa de Grace Lieblein, que assumiu o comando da operação brasileira em junho, após passar pela presidência da montadora no México.
A desaceleração é reflexo das medidas tomadas pelo governo federal para reduzir a concessão de crédito com o objetivo de controlar a escalada da inflação.
A participação das vendas da GM para empresas no Brasil, que ficava em torno de 20% a 22% do total, passou para 27% neste ano e essa ampliação na fatia já preocupa a montadora.
"A única demanda sustentável é a do varejo", explica Ardila.
Outro ponto negativo de concentrar mais receita em frotistas é a margem de lucro, já que é possível conseguir preços menores pelos produtos ao comprar em grande quantidade.
AMÉRICA DO SUL
As vendas da montadora norte-americana em toda a América do Sul superaram 2,7 milhões de unidades no primeiro semestre, com alta de 16% ante igual período em 2010, puxadas pelo desempenho na Colômbia, no Chile e na Argentina. No Brasil, as vendas ficaram praticamente estáveis, com acréscimo de 1%.
Questionada sobre a perda de participação nas vendas de automóveis e comerciais leves no país, de 20,20% para 18,51% na comparação entre os primeiros semestres de 2010 e 2011, Grace disse acreditar que é possível recuperar esse market share até o final do ano.
"Somos líderes em vários segmentos e estamos focados na satisfação do cliente e em ter preços competitivos"" completou.
A GM ocupa a terceira posição considerando todo o mercado, atrás da Fiat e da Volkswagen.
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