Breivik se rendeu com chegada de oficiais, diz polícia norueguesa
A polícia norueguesa afirmou nesta quarta-feira que Anders Behring Breivik, autor confesso dos ataques na Noruega na última sexta-feira (22), jogou a arma fora e levantou as mãos em sinal de se rendia, ao ver policiais se aproximarem dele na ilha de Utoya, onde matou 68 pessoas baleadas.
Jacob Bjertnaes, oficial presente na operação, fez o primeiro relato sobre o ocorrido na ilha. Segundo ele, dez policiais foram enviados à Utoya para parar o massacre que ocorria contra 650 jovens que participavam de um acampamento no local.
Chegando em dois grupos de cinco pessoas cada, os primeiros policiais foram para o norte da ilha, enquanto o segundo quinteto foi ao lado oposto, onde estava o atirador. Bjertnaes afirmou que os oficiais gritavam para desviar a atenção de Breivik dos jovens, e quase atiraram no norueguês por acharem que ele poderia estar com explosivos.
"De repente, o atirador estava na nossa frente com as mãos bem acima da cabeça", disse. "A arma estava no chão, a 15 metros dele". Enquanto um policial assegurava a prisão de Breivik, os outros nove ajudavam os feridos.
ATAQUE
O duplo atentado da última sexta no complexo governamental de Oslo e no acampamento social-democrata da vizinha ilha de Utoya deixou 76 pessoas mortas. Fontes policiais confirmaram este número na segunda-feira, corrigindo o balanço de 93 falecidos divulgado anteriormente.
Oito pessoas morreram no atentado com carro-bomba na capital norueguesa e outras 68 no ataque na ilha, levado a cabo uma hora e meia depois.
Cerca de 200 mil pessoas participaram na noite de segunda-feira, em Oslo, da denominada "Marcha das Rosas", liderada pelo primeiro-ministro do país, Jens Stoltenberg, e pelo príncipe herdeiro Haakon.
A passeata aconteceu horas depois de o autor do massacre ter se apresentado ao juiz instrutor, que ditou oito semanas de prisão preventiva, quatro das quais em regime de total isolamento.
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