Uma operação do Ministério Público do Rio Grande do Sul cumpre na manhã desta quarta-feira 10 mandados de busca e apreensão em residências de dirigentes de uma fundação acusada de desvios de mais de R$ 10 milhões e fraudes em concursos públicos, realizados em vários estados do País. Segundo as investigações, os suspeitos usavam uma empresa de fachada para emitir notas fiscais com objetivo de produzir prestações de contas falsas. A ação ainda identificou indícios de irregularidades nos concursos, como venda de gabaritos e favorecimento de candidatos.
Os mandados também são cumpridos na sede da entidade investigada, a Fundação Conesul de Desenvolvimento. O Ministério Público já pediu na Justiça a quebra dos sigilos bancário e fiscal dos suspeitos e o afastamento liminar dos diretores da fundação. Além disso, foi solicitada a realização de perícia contábil, a implantação de auditoria independente, e a indisponibilidade dos bens móveis e imóveis de acusados.
O MP gaúcho ainda não confirmou quais estados onde a fundação atuava. Não há previsão de que ocorram prisões de suspeitos. A ação, até agora, apreendeu documentos e computadores.
Segundo a legislação brasileira, os diretores de fundações não podem ser remunerados e os lucros das mesmas têm de ser aplicados na própria fundação. Mais de 30 servidores do MP-RS e 16 policiais militares apoiaram a operação.
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