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Copa 2014
Quarta - 27 de Julho de 2011 às 09:48
Por: ANA ROSA FAGUNDES

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O governador Silval Barbosa (PMDB) participa de uma série de audiências hoje na Capital Federal
O governador Silval Barbosa (PMDB) participa de uma série de audiências hoje na Capital Federal
Diante da indefinição sobre o novo modelo de transporte a ser adotado, se Bus Rapid Transit (BRT) ou Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), o governador Silval Barbosa (PMDB) garante apenas que, independente do modelo escolhido, ele será executado dentro do prazo para atender a Copa do Mundo de 2014. O governo do Estado, por meio da Agecopa, ainda tenta convencer o governo federal a liberar a construção do VLT. No entanto, será preciso muita habilidade política nos próximos dias, pois a sinalização do governo federal, desde a reunião que aconteceu na semana passada, é para que o projeto original do BRT seja mantido.

Enquanto Silval não quer falar do assunto publicamente, dizendo apenas que o modelo escolhido ficará pronto a tempo, o presidente da Agecopa, Eder Moraes, faz a defesa inconteste do VLT. “Não vejo porque parar esse sonho”.

Já o governador Silval Barbosa, mais realista, não faz defesa de nenhum modelo e admite que o BRT pode voltar a ser a opção. “Querem retirar de mim apressadamente uma decisão. Eu só digo que o sistema que eu optar, dentro do recursos disponíveis, do que a FIFA, os ministérios e o governo federal permitir, vai ser executado dentro do prazo”, disse Silval.

Hoje o governador e Eder Moraes cumprem agenda em Brasília para, entre outras coisas, tratarem sobre essa questão. Eder Moraes fará uma apresentação oral no ministério das Cidades mostrando as vantagens do VLT sobre o BRT. Essa apresentação estava prevista para ontem, mas como Silval vai à Brasília hoje, o presidente resolveu esperar o governador.

O principal problema para que o projeto do VLT seja aceito é de ordem financeira, já que o novo modelo escolhido vai ficar cerca de R$ 600 milhões mais caro. Segundo, Eder, o Estado tem capacidade de investimento de cerca de R$ 2 bilhões e que, portanto, aumentar em R$ 600 milhões significa deixar legado para o Estado. “Já falamos sobre todas as vantagens do VLT, mais moderno, rápido, transporta mais pessoas por hora, é futurista e ficará como legado para Mato Grosso”, disse Eder.

Outro argumento está no valor das desapropriações que o governo terá que fazer para a construção do BRT. “Está previsto um cem número de desapropriações, estimado em mais de R$ 1 bilhão, e o governo não tem condições de pagar isso. Vou acatar a decisão que vier, mas lamento muito se for o BRT”, afirmou o presidente.

Eder Moraes ainda sugeriu que esses entraves burocráticos são forçados por pressão de pessoas que têm interesse na construção do BRT. “Eu entendo que está havendo uma grande pressão, que eu não quero nominar aqui, mas vem desde de fornecedores de pneus, combustível, diesel, biodiesel, enfim, não vou me aprofundar nessa seara, vou defender tecnicamente e politicamente o VLT no ministério”, afirmou Eder Moraes.





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