Parte da Brasil Foods será vendida
Brasil Foods, empresa que surgiu da fusão entre Sadia e Perdigão, anunciou nesta terça-feira (26) que parte das operações da unidade de Várzea Grande será vendida. A transação corresponde às exigências feitas pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para que a "joint venture" fosse efetivada. Além desta unidade, mais outras 10 serão comercializadas, entre vendas totais, parciais e de máquinas.
De acordo com nota divulgada pela empresa, será vendida a unidade de assados e cozidos da fábrica de Várzea Grande, permanecendo sobre o domínio da empresa o abatedouro e a indústria de ração. Parte de produtos prontos (alvo da negociação) é a que tem menor representatividade entre o total de funcionários e de produção da unidade como um todo.
Além disso, a efetivação da venda não tem a data anunciada, mas não deverá ocorrer este ano e a empresa que comprar não poderá demitir funcionários em um prazo de 6 meses. Sendo assim, os empregados do local têm um prazo de cerca de 1 ano de garantia de seus postos de trabalho, com exceção de demissões por justa causa.
Além da unidade de Várzea Grande, o setor de Relacionamento Institucional da empresa divulgou a venda integral das unidades industriais de São Gonçalo dos Campos (BA), Bom Retiro do Sul (RS), Lages (SC), Salto Veloso (SC), Duque de Caxias (RJ), Santa Cruz do Sul (RS), Três Passos (RS) e Brasília (DF). Anunciou também a venda parcial de operações das unidades industriais de Carambeí (PR) e de Várzea Grande (MT) e a comercialização de equipamentos industriais da fábrica de Valinhos (SP).
Em Mato Grosso, a Sadia e a Perdigão possuem juntas 5 instalações, sendo duas unidades da Sadia, uma em Várzea Grande e outra em Lucas do Rio Verde e 3 da Perdigão, em Mirassol do Oeste, Nova Mutum e Nova Marilândia.
O Cade aprovou a fusão das empresas mediantes algumas exigências, como a comercialização de algumas unidades e a retirada do mercado de várias marcas das empresas, principalmente as chamadas de combate, que possuem preços mais populares. Devem ser suspensos produtos da Rezende, Wilson, Escolha Saudável, Delicata, Doriana e pratos prontos como lasanha e kits para festas. Aprovação ocorreu em 13 de julho.
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