Repórter News - reporternews.com.br
Chacina leva 18 ao banco dos réus
Após 21 anos, o crime conhecido como “chacina de Matupá” será julgado pela população. É que vão a júri popular na cidade do Nortão 18 pessoas envolvidas no linchamento de três assaltantes, ocorrido em 1990. Os réus, todos civis, serão julgados em quatro datas diferentes como responsáveis pelo caso que chocou o Brasil na época, acusados de estar diretamente ligados à morte das vítimas, queimadas vivas após surradas.
De acordo com o juiz titular da comarca de Matupá, Tiago Souza Nogueira de Abreu, apesar de se passar 20 anos, o crime não prescreveu porque os réus foram pronunciados ainda em 1998. Ou seja, após o Ministério Público ter oferecido a denúncia, o juiz, na época, recebeu e proferiu a sentença de pronúncia, determinando que o júri popular decidisse o destino dos réus. “Após o pronunciamento, o prazo de prescrição é interrompido. E, desde então, o caso teve muitos recursos, todos os réus recorreram. Leva-se muito tempo até que transite em julgado. O desaforamento [decisão de que o júri será na comarca de Matupá] saiu em maio deste ano. O processo chegou a Matupá em junho e marquei as datas o quanto antes”, explicou.
Em sete volumes, o processo leva a júri 18 civis acusados de torturar e queimar, ainda vivos, Ivacir Garcia dos Santos (31), Arci Garcia dos Santos (28) e Osvaldo José Bachinan (32). Os três, durante uma tentativa de assalto, haviam entrado em uma residência do município e mantido duas mulheres reféns, sendo que uma delas estava grávida, além de quatro crianças, por mais de 15 horas. A Polícia Militar foi acionada e os assaltantes se renderam. No entanto, eles foram capturados pelos populares, levados até a praça pública, espancados e queimados vivos. A ação foi registrada por um cinegrafista e as imagens repercutiram em todo o mundo. “Foi preciso desmembrar o processo devido ao grande número de réus. Além de o caso ser complexo, é evidente a diversidade de testemunhas, que poderia, além de estender demais a sessão do júri, confundir os jurados quanto à personificação de cada um e dos fatos”.
Conforme a programação, no dia 4 de outubro, a partir das 8h, serão julgados Luiz Alberto Donin, Elo Eidt, Mário Nicolau Schorr, Faustino da Silva Rossi e Elywd Pereira da Silva. Na sessão seguinte, às 8h do dia 10, enfrentarão o júri Donizete Bento dos Santos, Gerson Luiz Turcatto, Paulo Cezar Turcatto, Mauro Pereira Bueno e Airton José de Andrade. No dia 17, será realizado o julgamento de Valdemir Pereira Bueno, Santo Caioni, Alcindo Mayer e Arlindo Capitani. A última sessão do caso está marcada para o dia 24, às 8h, com o julgamento de José Antônio Correa, Antônio Pereira Sobrinho, Roberto Konrath e Enio Carlos Lacerda.
De acordo com o juiz titular da comarca de Matupá, Tiago Souza Nogueira de Abreu, apesar de se passar 20 anos, o crime não prescreveu porque os réus foram pronunciados ainda em 1998. Ou seja, após o Ministério Público ter oferecido a denúncia, o juiz, na época, recebeu e proferiu a sentença de pronúncia, determinando que o júri popular decidisse o destino dos réus. “Após o pronunciamento, o prazo de prescrição é interrompido. E, desde então, o caso teve muitos recursos, todos os réus recorreram. Leva-se muito tempo até que transite em julgado. O desaforamento [decisão de que o júri será na comarca de Matupá] saiu em maio deste ano. O processo chegou a Matupá em junho e marquei as datas o quanto antes”, explicou.
Em sete volumes, o processo leva a júri 18 civis acusados de torturar e queimar, ainda vivos, Ivacir Garcia dos Santos (31), Arci Garcia dos Santos (28) e Osvaldo José Bachinan (32). Os três, durante uma tentativa de assalto, haviam entrado em uma residência do município e mantido duas mulheres reféns, sendo que uma delas estava grávida, além de quatro crianças, por mais de 15 horas. A Polícia Militar foi acionada e os assaltantes se renderam. No entanto, eles foram capturados pelos populares, levados até a praça pública, espancados e queimados vivos. A ação foi registrada por um cinegrafista e as imagens repercutiram em todo o mundo. “Foi preciso desmembrar o processo devido ao grande número de réus. Além de o caso ser complexo, é evidente a diversidade de testemunhas, que poderia, além de estender demais a sessão do júri, confundir os jurados quanto à personificação de cada um e dos fatos”.
Conforme a programação, no dia 4 de outubro, a partir das 8h, serão julgados Luiz Alberto Donin, Elo Eidt, Mário Nicolau Schorr, Faustino da Silva Rossi e Elywd Pereira da Silva. Na sessão seguinte, às 8h do dia 10, enfrentarão o júri Donizete Bento dos Santos, Gerson Luiz Turcatto, Paulo Cezar Turcatto, Mauro Pereira Bueno e Airton José de Andrade. No dia 17, será realizado o julgamento de Valdemir Pereira Bueno, Santo Caioni, Alcindo Mayer e Arlindo Capitani. A última sessão do caso está marcada para o dia 24, às 8h, com o julgamento de José Antônio Correa, Antônio Pereira Sobrinho, Roberto Konrath e Enio Carlos Lacerda.
Fonte:
Diário de Cuiabá
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/82380/visualizar/
Comentários