Sindicato dos Investigadores diz que vai recorrer da decisão que determina ilegalidade da greve e estipula multa diária pelo não-cumprimento
A despeito da Justiça, greve é mantida
Contraproposta do governo não agradou categoria, que resolveu retomar movimento no dia 19
A greve dos Investigadores e Escrivães da Polícia Civil vai continuar, mesmo com a liminar conseguida pelo governo estadual determinando a ilegalidade da paralisação. A informação foi confirmada pelo presidente do Sindicato dos Investigadores da Polícia Civil (Siagespoc), Clédison Gonçalves.
Segundo ele, o movimento continua igual. Ele também afirma que a assessoria jurídica da categoria vai questionar a liminar concedida pelo desembargador Guiomar Teodoro Borges. A presidente do Sindicato dos Escrivães (Sindepojuc), Genima Almeida, não foi encontrada para comentar a situação do movimento grevista.
Na última quinta-feira o Tribunal de Justiça considerou a greve ilegal, atendendo ao pedido da Procuradoria Geral do Estado. Foi dado um prazo de 24 horas para que todos os servidores da Polícia Civil voltassem ao trabalho, sendo ou não filiados aos sindicatos. Também ficou decidida uma multa diária de R$ 20 mil se a decisão não fosse cumprida.
A greve da Polícia Civil começou no dia 1º de julho e foi suspensa no último dia 14 atendendo ao pedido do governo estadual. Mas não houve acordo entre as partes. Atualmente as duas categorias têm salários iniciais de R$ 2.365, que podem chegar até R$ 5.250 depois de 15 ou 20 anos. Os servidores querem ingressar na carreira recebendo R$ 3.460, com a possibilidade de atingir o teto de R$ 10.900.
A Secretaria de Administração propôs uma série de reajustes até que se alcance o piso de R$ 3.274 e o teto de R$ 8.293, em 2014. A proposta foi considera ridícula pelos sindicatos, que retomaram a greve no dia 19, prometendo radicalizar o movimento.
Com a manutenção de apenas 30% das atividades, os investigadores e escrivães limitaram o atendimento a uma simples ida aos locais dos crimes mais graves, como homicídio e latrocínio. Os serviços de investigação foram totalmente interrompidos.
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