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Terça - 26 de Julho de 2011 às 10:38
Por: MARIA HELENA BENEDET

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Foram mais de dois meses percorrendo matas e áreas devastadas no norte de Mato Grosso para combater crimes ambientais. O Exército Brasileiro está na região desde o dia 25 de maio, a pedido do Ministério da Justiça, para auxiliar o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) no combate ao desmatamento ilegal.

Durante as ações contra os crimes ambientais, a instituição atuou em diversas áreas da operação, como transporte, comunicação, com material, apoio logístico, apoio aéreo. Porém, uma de suas frentes principais foi auxiliar o Ibama na retirada de equipamentos apreendidos durante as fiscalizações.

Em 60 dias de trabalho, a Força Armada retirou de áreas que estavam sendo degradadas 14 carretas, 13 caminhões, uma moto, 17 motosserras, 18 tratores, dois correntões (material usado para derrubada em corte raso), 283,1975 metros cúbicos de madeira serrada (o equivalente a sete carretas), 240,5352 m3 de madeira em tora (cerca de 2,7 carretas), 5.840 toras de madeira a serem medidas, 5.045 lascas (madeira para cerca e quantidade suficiente para cercar 100 quilômetros) e 24 armas de fogo.

Apesar dos números serem altos, para o comandante da 13ª Brigada de Infantaria Motorizada de Cuiabá, general João Batista Carvalho Bernardes, o resultado em quantidade não tem valor, mas sim o resultado da operação. O estanque do desmate com o cerco da operação foi o maior resultado. “Esses números não são, para nós, importantes. São apenas um dado a se considerar. O importante para nós é o resultado”, pontuou. “Nós nos baseamos muito mais no efeito no que propriamente nos números, porque esses números muitas vezes não retratam o que nós realmente queremos, que é paralisar o desmate. Isso está sendo plenamente obtido”.

O comandante da 13ª Brigada de Infantaria Motorizada de Cuiabá lembrou que o sucesso da operação é resultado de todo um trabalho que combateu não apenas o desmate, mas a extração ilegal da madeira, caças e principalmente as queimadas. Conforme o general Bernardes, os números dos focos de incêndios este ano estão bem melhores que no ano passado. “Se nós compararmos as queimadas que anualmente se verificam na área, este ano elas estão praticamente reduzidas a zero, numa época em que as queimadas estavam num estágio bem avançado”, comparou. “Nós consideramos que o objetivo da operação está sendo atingido”, finalizou.

Sinop serviu como base de apoio para a operação de combate ao desmatamento ilegal desenvolvida na região Norte.

O Exército estuda, depois de retirar suas tropas da região, o que deve ocorrer até sábado, a possibilidade de apenas reduzir o número de homens no local para continuar contribuindo com as ações contra a exploração ilegal do meio ambiente.





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