Habilidade materna é requisito para seleção de bovinos

Horas depois de conquistar o título de Reservada Campeã Fêmea Adulta da raça Nelore Mocho, Mystique do Pingado, de 29 meses, entrou em trabalho de parto. Era sua primeira cria e ela enfrentou dificuldades para parir. Uma hora e meia de espera, e a médica veterinária e um funcionário do parque Fernando Costa, em Uberaba, onde aconteceu a Expoinel 2013, tiveram que prestar auxílio ao animal.

 

A habilidade materna é uma característica importante para os critérios de seleção dos animais, tanto de corte como de leite. Segundo a assessora do Programa de Melhoramento Genético Zebuíno da Associação Brasileira de Criadores de Zebu (ABCZ), Bruna Hortolani, a habilidade materna é uma característica de baixa herdabilidade.

 

Nas primeiras horas após o parto, já é possível começar a avaliar se a vaca tem ou não habilidade materna. Lamber, proteger e direcionar a cria para mamar o colostro são atitudes fundamentais para a sobrevivência e para uma futura boa desmama do filhote.

 

De acordo com a médica veterinária Rita Lataro, o animal pode não expressar toda a habilidade materna que tem nas primeiras crias. Como acontece com algumas vacas, que parem e não demonstram interesse pelos terneiros. As condições do parto influenciam no relacionamento da mãe com o filho.

 

A torcida de todos que acompanharam o parto de Mystique é que ela consiga expressar todo o amor que tem pela cria e que o filhote siga os passos da mãe, ganhando títulos na pista.