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Apenas um hospital de Mato Grosso realiza o procedimento pelo SUS, mas opera uma pessoa por semana
Cerca de 500 esperam por cirurgia
Pelo menos 500 pessoas aguardam pela cirurgia bariátrica na fila do Sistema Único de Saúde (SUS) em Mato Grosso. O procedimento reduz o tamanho do estômago como parte do tratamento da obesidade mórbida.
Esses dados não são oficiais porque nem mesmo as secretarias estadual e municipal de Saúde de Cuiabá têm controle sobre as listas, mas foram levantados junto a autoridades da área médica.
A maioria dos pacientes vive a angústia da espera há dois ou mais anos e mesmo assim eles permanecem sem saber quando passarão pelo procedimento cirúrgico. A única unidade de conveniada ao SUS que ainda faz esse tipo de cirurgia em todo o estado, o HGU (Hospital Geral Universitário da Unic), chegou a suspender o serviço por três meses no final do ano passado.
Este ano as cirurgias foram retomadas, mas o número está limitado a uma por semana, quando consegue manter essa regularidade. Além do HGU, o Hospital Universitário Júlio Muller, da UFMT, também está habilitado junto ao SUS e deveria atender pacientes obesos com tratamento clínico e cirúrgico, conforme informações obtidas no Ministério da Saúde.
Na contramão da política nacional, há cerca de dois anos, Secretaria Estadual de Saúde (SES) desativou o ambulatório de obesidade que funcionava dentro do Centro Estadual de Referência em Média e Alta Complexidade (Cermac).
Em 2007, o Ministério da Saúde anunciou a expansão do programa de tratamento de obesidade grave, incluindo cirurgias. Mesmo assim, dois anos depois o governo estadual extinguiu o serviço especializado prometendo oferecê-lo de maneira descentralizada, o que acabou não acontecendo.
Na extinta unidade, os pacientes eram acompanhados por nutricionistas, endocrinologistas, psicólogas e outros especialistas, até chegar à indicação e o ato cirúrgico. Hoje, para receber a indicação formal da cirurgia, o obeso peregrina por diversos centros de saúde, consultórios e hospitais conveniados ao SUS em busca da assistência especializada.
O cirurgião Günter Peres Pimenta, professor de cirurgia da Unic, atualmente é o único que ainda faz cirurgia bariátrica pelo SUS em Mato Grosso, no HGU. Procurado pela reportagem, ele disse que uma cirurgia por semana é a capacidade atual do hospital.
Günter, que não é médico do Estado e tampouco do município, opera pelo sistema público no hospital onde trabalha como professor cirurgião. Desde a desativação do servido do Cermac, diz, os pacientes ficaram perdidos, sem uma unidade de referência para a assistência até chegar o momento da cirurgia, que em média demora dois anos.
Tiago Alves Macedo, 25 anos, morador de Rondonópolis, está na lista de espera há dois anos sem nenhuma previsão de data da cirurgia. Com 1,78 de altura, Tiago pesa 180 quilos e sofre de uma série de doenças em conseqüência da obesidade, incluindo hipertensão arterial.
“Se a demora persistir, estarei morto quando me ligarem para comunicar o dia da operação, porque é isso que vai acontecer”, lamentou. Conforme Tiago, quando telefona em busca de informações os atendentes cada hora usam um argumento para a demora: ora UTI, ora paralisação de médicos e assim segue na espera.
Tiago contou que praticamente toda semana precisa ser levado às pressas à emergência do hospital da cidade com pressão alta, dor no peito e formigamento nos membros inferiores e superiores.
Ele contou que já chegou a levantar os custos da cirurgia num hospital particular, mas o valor, estimado em R$ 27 mil, excluiu qualquer possibilidade de ele ou a família pagar pelo tratamento.
Esses dados não são oficiais porque nem mesmo as secretarias estadual e municipal de Saúde de Cuiabá têm controle sobre as listas, mas foram levantados junto a autoridades da área médica.
A maioria dos pacientes vive a angústia da espera há dois ou mais anos e mesmo assim eles permanecem sem saber quando passarão pelo procedimento cirúrgico. A única unidade de conveniada ao SUS que ainda faz esse tipo de cirurgia em todo o estado, o HGU (Hospital Geral Universitário da Unic), chegou a suspender o serviço por três meses no final do ano passado.
Este ano as cirurgias foram retomadas, mas o número está limitado a uma por semana, quando consegue manter essa regularidade. Além do HGU, o Hospital Universitário Júlio Muller, da UFMT, também está habilitado junto ao SUS e deveria atender pacientes obesos com tratamento clínico e cirúrgico, conforme informações obtidas no Ministério da Saúde.
Na contramão da política nacional, há cerca de dois anos, Secretaria Estadual de Saúde (SES) desativou o ambulatório de obesidade que funcionava dentro do Centro Estadual de Referência em Média e Alta Complexidade (Cermac).
Em 2007, o Ministério da Saúde anunciou a expansão do programa de tratamento de obesidade grave, incluindo cirurgias. Mesmo assim, dois anos depois o governo estadual extinguiu o serviço especializado prometendo oferecê-lo de maneira descentralizada, o que acabou não acontecendo.
Na extinta unidade, os pacientes eram acompanhados por nutricionistas, endocrinologistas, psicólogas e outros especialistas, até chegar à indicação e o ato cirúrgico. Hoje, para receber a indicação formal da cirurgia, o obeso peregrina por diversos centros de saúde, consultórios e hospitais conveniados ao SUS em busca da assistência especializada.
O cirurgião Günter Peres Pimenta, professor de cirurgia da Unic, atualmente é o único que ainda faz cirurgia bariátrica pelo SUS em Mato Grosso, no HGU. Procurado pela reportagem, ele disse que uma cirurgia por semana é a capacidade atual do hospital.
Günter, que não é médico do Estado e tampouco do município, opera pelo sistema público no hospital onde trabalha como professor cirurgião. Desde a desativação do servido do Cermac, diz, os pacientes ficaram perdidos, sem uma unidade de referência para a assistência até chegar o momento da cirurgia, que em média demora dois anos.
Tiago Alves Macedo, 25 anos, morador de Rondonópolis, está na lista de espera há dois anos sem nenhuma previsão de data da cirurgia. Com 1,78 de altura, Tiago pesa 180 quilos e sofre de uma série de doenças em conseqüência da obesidade, incluindo hipertensão arterial.
“Se a demora persistir, estarei morto quando me ligarem para comunicar o dia da operação, porque é isso que vai acontecer”, lamentou. Conforme Tiago, quando telefona em busca de informações os atendentes cada hora usam um argumento para a demora: ora UTI, ora paralisação de médicos e assim segue na espera.
Tiago contou que praticamente toda semana precisa ser levado às pressas à emergência do hospital da cidade com pressão alta, dor no peito e formigamento nos membros inferiores e superiores.
Ele contou que já chegou a levantar os custos da cirurgia num hospital particular, mas o valor, estimado em R$ 27 mil, excluiu qualquer possibilidade de ele ou a família pagar pelo tratamento.
Fonte:
Diário de Cuiabá
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/82499/visualizar/
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