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Domingo - 24 de Julho de 2011 às 00:59
Por: ISA SOUSA

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A boate Lótus Cuiabá, localizada entre as ruas Marechal Deodoro e 24 de Outubro, no centro da Capital, foi comprada por parte do grupo empresarial que controla o Club Garage, casa de música eletrônica localizada na Avenida Beira-Rio. À frente do Garage também está o empresário André Maggi, filho do ex-governador e atual senador Blairo Maggi.

Inicialmente focada no "público A" e na música eletrônica, a Lótus é uma franquia internacional, existente em Nova Iorque (EUA), São Paulo e Salvador.

Em Mato Grosso, a boate foi inaugurada em 2008 e, desde então, passou por diversas mudanças, englobando a música sertaneja, MPB e festas voltadas para o público LGBTT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transexuais e Transgêneros).

Conforme Zeca Paniago, um dos responsáveis pela compra, os djs Fábio Serra e Rodrigo Novaes fizeram uma proposta de compra da boate a ele e a Rodrigo Fares (Garbão), que aceitaram e começaram a negociar as instalações do local.

Além dos quatro citados, ainda fazem parte do grupo o promoter Igor Noda, da produtora Aram, e o empresário Kiko Caselli. Os empresários não quiseram revelar os valores envolvidos na transação.

As reformas na parte interna da antiga Lótus devem se iniciar em agosto próximo. A fachada estilo colonial será mantida. A previsão é de que, até o final do ano, o local esteja pronto para receber o novo empreendimento.

O imóvel pertence à família do senador Jayme Campos e do deputado federal Júlio Campos, ambos do DEM, e já serviu, inclusive, como sede de diretório de partido político.

"Nós compramos as instalações da boate e, a partir de agora, a Lótus não existe mais em Cuiabá. O objetivo é outra proposta, um novo conceito e outro segmento de mercado. A surpresa, pelo menos por enquanto, ainda ficará no ar", disse Paniago ao MidiaNews.

"Caso de Polícia"

A Lótus Cuiabá abriu em setembro de 2008 e funcionou até junho de 2011, no antigo casarão de "seu" Fiote e de dona Amália Campos, pais de Jayme e Júlio Campos, numa das ruas mais históricas da cidade, berço de políticos tradicionais.

Palco de atrações nacionais e internacionais, o local também já foi "caso de Polícia".

Em outubro do ano passado, conforme MidiaNews revelou com exclusividade, a boate chegou a ser fechada pela Polícia Federal, porque barrou a entrada de agentes portando armas, sendo que uma lei permite que isso ocorra.

No começo deste ano, uma briga durante a festa "G-Live", voltada para o público LGBTT, deixou uma menina ferida e expulsa da boate.

A briga teria começado a partir de uma confusão, ainda dentro do banheiro feminino, quando uma outra pessoa acusou a agredida de ter roubado uma bolsa.






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