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Cidades/Geral
Sábado - 23 de Julho de 2011 às 08:28
Por: GUILHERME BLATT

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Os servidores da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (SEMA) voltaram a cruzar os braços ontem. A paralisação, iniciada há mais de um mês, havia sido suspensa na semana passada. A volta da greve foi ocasionada pelo não avanço das negociações com o governo.

“O governo não rejeitou a nossa proposta, mas também não aceitou”, disse o porta-voz do comando grevista, Murilo Covezzi. Segundo ele, a Secretária de Administração (SAD) prometeu enviar uma contraproposta nesta semana, mas os servidores não receberam nada.

A categoria também tem outras reclamações. Segundo Covezzi, metade dos funcionários da Sema são contratados de uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip). Os gastos com essa organização são de R$ 8 milhões por ano, o mesmo valor necessário para fazer o reajuste pedido pelos servidores. “A secretaria gasta com os contratados o dobro do que gasta com os concursados”, diz.

Eles pretende protocolar na próxima segunda-feira uma representação no Ministério Público Estadual, pedindo que sejam investigadas as contas da Sema. A categoria também quer denunciar o secretário Alexander Maia por assédio moral. Segundo Covezzi, “o secretário está sendo infeliz em suas declarações”. Maia é acusado de fazer ameaças aos grevistas.

Os servidores também enfrentam dificuldades com o corte de gastos. Este ano, o orçamento anual da pasta foi enxugado em R$ 4 milhões. “Nós já temos dificuldades, com as pessoas reclamando da demora dos serviços. Esse corte nos prejudicou ainda mais”, diz Covezzi.

A categoria também não teme a ilegalidade da greve, declarada pelo Tribunal de Justiça. “Não entendemos porque o Estado acha que nosso movimento é ilegal. Fizemos tudo o que a lei pede. Agora eles querem bater na gente com caneta. Vamos lutar até o fim”.

Os servidores entraram em greve no dia 21 de junho. O movimento foi considerado ilegal pelo TJ no dia 6 de julho. A paralisação foi suspensa no dia 14, atendendo ao pedido do governo estadual, e retornou ontem. Os servidores pretendem fazer uma passeata no centro de Cuiabá, na segunda-feira.





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