Renato Ferreira Pinto Júnior, aluno do 2º ano do ensino médio no Colégio Objetivo, e Wallace Souza Silva, que cursa engenharia mecatrônica na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) disputaram o prêmio com cerca de 4 mil participantes de todo o país.
Competindo pela modalidade "resgate", em três dias de provas, totalizando nove rodadas, a dupla brasileira teve de programar um robô – que leva o nome de Hipérion – para cumprir a tarefa de salvar vítimas. Com a aplicação de diversos conceitos de mecânica, computação e sistemas digitais, o robô foi projetado com uma estrutura mecânica de tal forma eficiente a ponto de, sem nenhuma intervenção humana e com movimentos milimétricos, conseguir subir uma rampa, atingir o andar superior e salvar seu objeto.
O robô Hipérion pesa 2,5 quilos, e possui uma dezena de motores e cerca de 20 sensores. Entre eles, estão os de ultrassom e infravermelho até bússolas digitais e acelerômetros
O resgate, segundo o professor Luís Rogério da Silva que acompanhou os estudantes na competição, foi uma operação de grande complexidade, pois a máquina não recebeu nenhuma orientação prévia sobre a localização da vítima e sobre sua própria posição em relação a ela.
Mesmo assim, antes de esgotar-se o tempo estipulado para a conclusão da prova, que é de oito minutos, encontrou a vítima, encaixou-a em suas garras, ergueu-a e colocou-a sobre o patamar de refúgio, segundo Silva.
De acordo com o professor, para montar um robô desse tipo é necessário que o estudante seja extremamente habilidoso, porque deve construir uma máquina que possa agir de maneira autônoma, recebendo as informações do cenário e adequando as ações para livrar-se dos obstáculos e manter-se norteada a resgatar seu alvo.
"Foi o melhor resultado do Brasil. Tínhamos expectativas positivas, mas dizer que não foi surpreendente receber o prêmio máximo seria uma mentira", afirma Silva.
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