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Sexta - 22 de Julho de 2011 às 10:06
Por: Marcelo Guedes

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Foram trazidos na tarde desta quinta-feira, 21 de Julho, de São José do Rio Claro para a Cadeia Pública de Juína os três acusados de terem assassinado o taxista Cícero Pereira, 54 anos, na madrugada de quarta-feira, 13 de Julho, na MT-170, próximo ao cruzeiro.

Fábio Sales, Fábio de Oliveira e Eguinaldo Pereira da Mota chegaram em uma viatura Palio Adventure, escoltados na frente por uma viatura da Polícia Civil e atrás pela Força Tática da Polícia Militar do VIII Comando Regional.

A Reportagem da Rádio Metropolitana FM acompanhou a chegada deles e conversou com o Investigador Gustavo Amoriello, Chefe da Operação, sobre o recambiamento.

Ele informou que isso foi necessário para resguardar a integridade física dos mesmos, “haja vista que teve comentários que aconteceria um possível resgate dos detentos, mas nos deslocamos até São José do Rio Claro e trouxemos os detentos para cá na maior tranqüilidade”, disse.

A Força Tática forneceu segurança à operação de recambiamento dos acusados para Juína. O Cabo Jota Ribeiro, Chefe da Guarnição, destacou que havia uma informação que pessoas tentariam resgatá-lo com a finalidade de executá-los.

“Existiam informes de um possível resgate deles pra fins de execução. A partir do momento que eles estão sob guarde do estado agente tem o dever e a obrigação de trazê-los com segurança, foram entregues a Cadeia Pública onde vão aguardar o seu julgamento”, destacou.

Entrevistamos os acusamos no momento em que chegaram à Juína. Eles relataram o ocorrido, confessaram o crime e disseram que o taxista Cícero Pereira reagiu e por isso a arma “disparou”.

Os acusados disseram ainda detalhes do crime, como por exemplo, que a vítima teria ficado de joelhos no momento, porém negam que o mesmo tenha implorado pela vida.

Informaram ainda que levaram o mesmo para próximo do cruzeiro para dar mais tempo de fugirem e que a intenção não era executá-lo. Diante das câmaras e microfones da imprensa Juinense, os acusados de latrocínio (roubo seguido de morte) disseram estar arrependidos do que fizeram.

Outro detalhe informado por eles é de que não conheciam o taxista e que a intenção era apenas roubá-lo. O mesmo teria sido escolhido aleatoriamente.

Ao serem indagados sobre o capotamento que dois deles sofreram com o veículo da vítima, um Chevrolet Corsa Sedan 2011, ainda na cidade de São José do Rio Claro a mais de 100 km/h, disseram que se salvaram por Deus, acreditam que Deus lhes deram mais uma chance.

Chance essa que não foi dada ao taxista Cícero Pereira, que foi brutalmente executado com três tiros de pistola na cabeça, deixando toda a cidade de Juína chocada e transtornada. Uma família ficou seu sem chefe, seu marido, seu pai e amigo.

Agora o caso será julgado pela Justiça da Comarca de Juína. O crime de latrocínio, além de hediondo, é o maior do código penal, onde se condenados, os acusados poderão pegar pena máxima, que varia de 20 a 30 anos de reclusão. Nesse caso, os acusados não deverão passar por júri popular, e sim, serão julgados diretamente pelo Juiz da Comarca local.

Saiba Mais

Ocorre o latrocínio quando, para consumar o roubo, a violência empregada pelo agente causa a morte da vítima. Além da tipificação contida no artigo 157, §3º (in fine) do Código Penal Brasileiro, está ainda previsto no rol taxativo dos crimes hediondos (artigo 1º, II, da lei nº 8.072 de 1990).

"Art. 157, § 3º - Se da violência (…) resulta morte (latrocínio), a reclusão é de 20 a 30 anos, sem prejuízo da multa."

Figura, portanto, entre os delitos de maior pena privativa de liberdade, no país.






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