Mulher inventou toda história de sequestro
O suposto sequestro em que uma professora relatou, quando teria sido confundida com a filha de uma juíza, foi forjado. A revelação foi feita pelos delegados do Grupo de Combate ao Crime Organizado (GCCO), Flávio Stringueta e Ana Cristina Feldner, que afirmaram que após apurarem o fato perceberam que se tratava de invenção e que nenhum filho de magistrado esteve em risco.
"Estamos trazendo esta informação para tranquilizar os magistrados, que ficaram alarmados e preocupados pelos filhos".
Os delegados disseram que não houve sequestro e nem abuso sexual e que tudo foi planejado pela professora, sem participação de outras pessoas, mas não deram mais detalhes sobre a investigação, porque ainda está em andamento. As motivações que levaram a moça a forjar o ato ainda não foram levantadas.
A mulher agora passa de vítima à indiciada e responderá por comunicação falsa de crime, podendo ser penalizada em até 1 ano de detenção por ter inventado a história, além de multa. Apesar da pena parecer branda, a delegada Ana Cristina Feldner explica que a pessoa deixa de ser ré primária e com isso passa a ter uma ficha criminal que a impossibilita de uma série de coisas, como prestar concurso público.
Na noite de quinta-feira, 14 de julho, a professora L.C.A, 28, procurou a Polícia e denunciou que tinha ficado cerca de 12 horas nas mãos de criminosos, que tinham batido e abusado sexualmente dela. No depoimento da mulher, os sequestradores a torturaram com chutes, socos, arrastaram ela pelo chão segurando no cabelo para saber se ela era filha de uma juíza. Ela teria sido levada após pagar uma fatura em um banco, na manhã de quinta e conseguido fugir durante à noite após se livrar dos criminosos.
Os delegados demonstraram preocupação pelo fato de este ser o terceiro falso sequestro em pouco mais de 2 meses, o que significa que esta prática tem se intensificado, trazendo problemas para o GCCO, que para de investigar crimes de verdade para atender estes casos.
No início de junho, uma adolescente de 15 anos viajou para o Rio de Janeiro e não avisou os pais, que denunciaram o sequestro. Depois das investigações, foi descoberto que ela tinha fugido com intenção de encontrar um rapaz que conheceu na internet.
Já no começo deste mês, uma adolescente de 16 anos inventou que tinha sido sequestrada e chegou a enviar mensagens para o celular da mãe e da tia pedindo resgate, enquanto estava na casa de uma amiga. (AC)
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