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Sexta - 22 de Julho de 2011 às 08:07
Por: Aline Chagas

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Foi afastada a participação de policiais militares nas ameaças contra um juiz da Comarca de Várzea Grande. O delegado titular da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), Flávio Stringueta, disse que as investigações mostraram que pela forma como agiu o suspeito no dia em que foi até a chácara do magistrado, o grupo de inteligência da Polícia Civil tirou a hipótese da participação de grupos criminosos de alta periculosidade e que a partir de agora o foco é identificar o rapaz que disse que queria matar o juiz.

"Mandantes de alta periculosidade não agem assim. Não fazem ameaças inócuas. O juiz seria morto sem aviso prévio. Por isso acreditamos que ele não corre risco iminente de morte".

Stringueta informa que por causa destes fatores, a princípio foi afastado o envolvimento de policiais e grupos criminosos, inclusive dos envolvidos na operação "Balista", mas nenhuma possibilidade é descartada. Conta que pessoas que viram o jovem e o ouviram dizer que tinha a intenção de matar o magistrado revelaram que ele tinha cabelos e olhos castanhos, pele morena, altura entre 1,65 a 1,70, e idade de aproximadamente 25 anos. O retrato falado foi divulgado e a partir de agora 4 testemunhas serão ouvidas, o caseiro do juiz e 3 rapazes que estavam jogando bola na chácara no momento em que o suspeito foi até local. "Nosso passo a partir de agora é verificar quem é esse rapaz e o que motivou ele ir até a chácara do magistrado".

Diz que os próximos passos do inquérito estão ligados ao reconhecimento do rapaz e espera-se que ele fale se a causa foi pessoal ou se houve um mandante.

No dia 30 de junho, o juiz deu uma entrevista coletiva informando que tinha sido alvo de um atentado no início deste ano e que suspeitava que 15 policiais militares e civis, todos acusados por crimes de roubo e formação de quadrilha e condenados por ele, poderiam ter cometido o crime. Relatou que vivia desde então sob escolta de 1 policial e 2 seguranças particulares e sem endereço fixo e que uma testemunha tinha ido até ele e contado que um bandido tinha contratado um pistoleiro para matá-lo.

Stringueta explicou que as investigações na Gerência começaram em menos de um mês, após o Serviço de Inteligência da Polícia Civil averiguar o nome de todos os policiais que constavam na lista encaminhada pelo magistrado e averiguar que não havia motivações para que eles tivessem sido "mandantes" da ameaça.

A delegada do GCCO Ana Cristina Feldner, fala que os trabalhos podem demorar um pouco devido à greve da Polícia Civil. Ela também disse que a investigação não tem critério pessoal, que está sendo feita porque há um representante do Estado envolvido que está se sentindo intimidado e que pode acabar por se retrair e parar de julgar e condenar por causa das ameaças. "Os magistrados, assim como policiais e outros servidores do Estado que atuam na repressão ao crime não podem se sentir intimidados".

Serviço - Quem reconhecer a pessoa descrita no retrato falado e ajudar nas investigações deve ligar para o 197 ou 3613-5668.





Fonte: Do GD

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