Governo repete proposta já rejeitada por categoria

Servidores da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema/MT) retomam, na manhã de hoje, assembleia que pode definir a retomada da paralisação, mesmo o movimento tendo sido considerado pela Justiça ilegal. Na semana passada, os mais de 400 grevistas suspenderam a greve como voto de confiança ao governo e voltaram à mesa de negociação.

Porém, após reunião com os secretários de Administração, César Roberto Zílio, e da Casa Civil, José Lacerda, o comando de greve foi informado de que a proposta salarial era a mesma, já rejeitada em assembleia. "Trata-se de um governo sem palavra", afirma o porta-voz do movimento, Murilo Covezzi.

Os servidores, que atualmente recebem R$ 2,8 mil, reivindicam salário inicial de R$ 6 mil e R$ 11,3 mil no final da carreira. Sindicato dos Trabalhadores em Entidades Públicas de Meio Ambiente (Sintema) também cobra desde 2007 a reestruturação do Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS). Governo acena com 33% de reajuste divididos em 3 anos.

Covezzi adianta que a categoria não teme nenhum tipo de retaliação caso a greve seja retomada. Segundo ele, a única coisa que o governo possui é uma medida liminar e o mérito da greve, juntamente com suas eventuais punições, ainda será discutido durante a tramitação do processo. Segundo ele, o clima de revolta é tão grande que há promessa de impedir qualquer emissão de licença da pasta. "Vamos parar Mato Grosso até que nos ouçam".