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Internacional
Quarta - 20 de Julho de 2011 às 20:30

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Estudantes chilenos recorreram a todas as formas possíveis para chamar a atenção em favor da educação pública, incluindo corridas, a adaptação de uma praia na cidade e coreografias de "Thriller".

A maratona de protestos começou no início de maio, com manifestações de jovens ao redor do Palácio de La Moeda, onde nesta quarta-feira reuniu um grupo de professores.

"Estamos tentando conseguir um avanço na educação. Meus pais são obrigados a pagar 300 mil pesos mensais (R$ 1020), mais do que ganha 50% ou 60% da população chilena", disse Carolina Álvarez, da Universidade Andrés Bello, nesta quarta-feira à Agência Efe.

Em uma particular corrida de revezamento, os jovens pretendem percorrer até o dia 27 de agosto 1.800 horas de protesto, o mesmo número de milhões de dólares que segundo eles é preciso para financiar a educação pública durante um ano.

A última destas engenhosas iniciativas aconteceu na terça-feira, quando centenas de jovens chegaram até a Praça de Armas com uma bola gigante de plástico de cinco metros de diâmetro como a de Goku, protagonista da série japonesa Dragon Ball Z, que era carregada pelos estudantes, e simbolizava a energia acumulada neste movimento, que protagonizou grandes manifestações e tomadas de colégios e universidades.

O descontentamento social influenciou na mudança de gabinete do ministério que nesta segunda-feira levou à saída de Joaquín Lavín da pasta da Educação, questionado por ter sido fundador de uma universidade privada.

Aos arredores da sede do Governo também foi registrada uma manifestação criativa no dia 24 de junho, com um flash mob (coreografia coletiva) de "Thriller", de Michael Jackson, que surpreendeu quem passava pelo local.

Cerca de 3 mil estudantes, com rostos pintados, vestidos com roupas rasgadas e com roupões brancos, se transformaram em um Exército de zumbis para representar o estado em que, na sua opinião, se encontra a educação chilena.

Poucos dias depois, em pleno inverno, os estudantes trocaram os livros por guarda-sóis e montaram uma praia na frente do Ministério da Educação para convidar o então ministro da Educação a dar um descanso do cargo.

Com maiôs, toalhas, óculos escuros e boias, os jovens, acompanhados de pais e professores respondiam à decisão de Joaquín Lavín de antecipar as férias de inverno em duas semanas para terminar com as ocupações de dezenas de colégios.

Assim, os estudantes começaram então a colecionar manifestações criativas, enquanto começavam a inventar curiosas formas de chamar a atenção sobre seus problemas, com as redes sociais e o YouTube como seus melhores aliados.





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