A Polícia Federal cumpre nesta quarta-feira 18 mandados de prisão preventiva e oito de busca e apreensão para desmantelar uma quadrilha de estelionatários que atuou em 21 Estados do País. De acordo com as investigações da Operação Crédito Fácil, o grupo deu prejuízo de R$ 3.731.342,60 às administradoras de cartão de crédito.
Os mentores da fraude ligavam para clientes de administradoras de cartão de crédito ou empresas de telefonia e, passando-se por funcionários, conseguiam obter dados pessoais, como CPF, data de nascimento, nome completo, número do cartão e código de segurança. Com as informações, os suspeitos ligavam nas operadoras de cartão de crédito, fazendo-se passar pelos verdadeiros clientes, e tomavam empréstimos. O valor era depositado em uma conta aberta com documentos falsos.
As investigações começaram em agosto de 2010, conduzidas pela Delegacia de Repressão a Crimes Patrimoniais (Delepat), da Superintendência da Polícia Federal no Espírito Santo, quando um grupo de estelionatários chegou ao Estado, vindo da Bahia, para praticar fraudes.
Parte da organização criminosa abriu contas bancárias com uso de documentos falsos para receber créditos. Durante a investigação, detectou-se que vários documentos de identidade usados para abrir as contas traziam a mesma fotografia, o mesmo número de RG ou a mesma certidão de nascimento como documento de origem.
Os principais integrantes da organização criminosa têm passagem pela polícia, onde foram autuados por crimes como estelionato, falsificação e uso de documento falso. Os mandados foram expedidos pela Justiça Estadual do Espírito Santo e serão cumpridos nos Estados de São Paulo, Bahia, Minas Gerais e Distrito Federal.
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