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Economia
Quarta - 20 de Julho de 2011 às 10:01

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O etanol voltou a aparecer como destaque de alta nos índices de preços, que medem a inflação ao consumidor. É um sinal de que a contribuição do combustível para derrubar a inflação nesta época do ano já pode estar perto do fim.

No IPC-Semanal, divulgado na terça-feira (19) pela Fundação Getulio Vargas, o etanol subiu 2,49% no mês encerrado no último dia 15.

O combustível pesa pouco nos índices de preço, mas influi no preço da gasolina, uma vez que um quarto do combustível é álcool anidro.

Por isso, o governo afirma ter pronta uma proposta para reduzir o percentual da mistura como forma de conter eventual escalada de preços, como a vista em abril e maio.

Segundo levantamento de preços da ANP (Agência Nacional do Petróleo), o álcool vale R$ 1,999 e já não oferece vantagem sobre a gasolina.

Para a inflação de julho, o economista da corretora Máxima Elson Telles já prevê que o etanol apresente um aumento de até 5%.

Com isso, o preço da gasolina --que poderia ajudar a baixar a inflação-- deve ficar perto da estabilidade.

"A contribuição de baixa dos combustíveis não vai existir em julho", diz Telles.

O governo conta com a baixa dos preços agora para ter menos pressão quando a inflação subir a partir de setembro, quando deve haver reajustes salariais e a volta da pressão de alimentos.

COPOM

O Comitê de Política Monetária parecia contar com um recuo maior do etanol e da gasolina. Na ata da última reunião, o Copom previu que a gasolina subiria 4% neste ano. Até agora, a gasolina já subiu 6,15%.

"[A gasolina] deveria cair, mas para isso o preço do álcool deveria cair", diz Telles.

Para o professor da PUC-Rio Luiz Roberto Cunha, o comportamento do álcool não é comum para esta época do ano: "Mas isso pode acontecer com agrícolas".

Para o economista da LCA Francisco Pessoa, o governo não deveria reduzir agora a mistura na gasolina.

Se isso ocorrer, diz, a oferta de etanol aumenta e o preço cai, fazendo com que o consumo cresça.

"Haveria o aumento do consumo agora e a falta do combustível lá na frente [quando a safra acabar]."






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