TJMT apoia campanha do CNJ contra o crack

Como forma de combater o uso do crack no país, o Tribunal de Justiça de Mato Grosso aderiu à campanha institucional Crack, nem pensarpromovida pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A campanha tem como objetivo conscientizar a população sobre as conseqüências nefastas da droga e seus efeitos devastadores para o usuário e família, pois a substância tem sido uma das protagonistas do aumento das taxas de criminalidade e da destruição de núcleos familiares em todo o Brasil.
 
A campanha foi lançada no dia Internacional de Combate às Drogas (26 de junho) e desde então tem sido divulgada por meio de peças publicitárias nas emissoras de televisão e rádios. Como exemplo, em todos os jogos da série A do campeonato brasileiro que são transmitidos em rede aberta as equipes já estão entrando em campo com uma faixa alusiva à campanha. Também para disseminar os malefícios causados pela droga, o CNJ vai distribuir aos tribunais brasileiros 10 mil exemplares da cartilha produzida sobre o assunto (veja abaixo). A cartilha foi elaborada por especialistas no assunto e redigida em linguagem simples para que seja compreendida por toda a população.
 
“Com custo relativamente baixo e alto potencial para gerar dependência química, o crack é, dentre as substâncias entorpecentes, aquela que tem causado as conseqüências mais nefastas em nossa sociedade. A droga atinge grave e diretamente a saúde física e mental dos usuários. Mais que isso, e de forma muito rápida, debilita laços familiares e relações sociais. Nesta medida, constitui indiscutível fator de aumento das taxas de criminalidade, violência e outros problemas sociais. O combate mais eficiente faz-se pela prevenção, e, para tanto, conhecimento é fundamental.”, destacou presidente do CNJ, ministro Cezar Peluso.
 
O crack é feito da pasta de cocaína adicionada de bicarbonato de sódios, gasolina, querosene e até água de bateria. Por ser vendido em forma de pedra ele não é solúvel em água e também não pode ser injetado, sendo consumido por meio de um cachimbo, e às vezes até por meio de cano PVC ou aquecido na lata, pois depois de atingir a temperatura de 95º passa do estado sólido ao de vapor. Ao ser absorvida, a droga chega ao cérebro em 10 segundos e quase que imediatamente o usuário tem imensa sensação de prazer e euforia, sentimento de poder, insônia, perda do cansado e falta de apetite. Entretanto, o efeito só dura entre cinco e dez minutos e em seguida aparece uma vontade incontrolável de fumar novamente.
 
Além das rápidas sensações de prazer, o uso do crack causa sérios danos físicos e psicológicos ao corpo humano. Dentre os prejuízos físicos estão listados problemas no pulmão, associado a fortes dores no peito, bronquite, asma, aumento da temperatura corporal com risco de causar acidente vascular cerebral, danos no sistema nervoso central, destruição de células cerebrais e degeneração muscular, que causa a aparência esquelética do usuário. Já dentre os problemas psicológicos podem ser citados a depressão, ansiedade e agressividade.