Governo quer financiamento
Representantes do governo do Estado e da Agecopa se reúnem amanhã, em Brasília, para tentar garantir recursos que serão utilizados na implantação do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) como principal transporte da mobilidade urbana de Cuiabá. A expectativa é assegurar o investimento de R$ 480 milhões que havia sido prometido para viabilização do Ônibus de Trânsito Rápido (BRT).
De acordo com o presidente da Agecopa, Eder Moraes, a reunião ocorre com representantes dos ministérios das Cidades, Esportes e Planejamento. Além dos recursos que seriam destinados ao BRT, o governo de Mato Grosso espera obter a garantir de mais R$ 600 milhões, já que o VLT deve custar aproximadamente R$ 1,1 bilhão para ser implantado. "Fizemos uma opção ouvindo a sociedade e técnicos. Agora, precisamos garantir recursos para que isso seja efetivado".
Eder garantiu ontem que, mesmo se não obtiver os recursos extras, a Agecopa e o governo do Estado vão concentrar esforços no sentido de realizar outras parcerias. Isso vai ser feito a partir da apresentação do projeto do VLT para o governo federal, que já havia sido comunicado da outra opção. "Mais de 80% da população têm demonstrado que querem não apenas uma opção de transportes. Temos que aproveitar esse momento para deixar um legado para a história da Capital e de Mato Grosso e é o que estamos fazendo".
Apesar das mudanças, o presidente da Agência garante que o valor da tarifa das 2 opções será praticamente o mesmo, apesar de ainda não ter sido concluída essa questão. Atualmente, no transporte coletivo é cobrado R$ 2,50 de cada passageiro.
Além dos recursos para o sistema de transporte público, o governo vai dedicar também atenção especial com a estrutura para receber turistas no Aeroporto Marechal Rondon, em Várzea Grande. De acordo com o secretário extraordinário de Acompanhamento da Logística Intermodal de Transportes, Francisco Vuolo, até o mês de setembro deve ser anunciado o projeto para ampliação do aeroporto. A obra deve custar R$ 82 milhões e tem conclusão prevista para 1 ano e 6 meses. Já o módulo operacional (MOP) que vai funcionar de forma temporária deve custar R$ 2,2 milhões. "Mas Mato Grosso vem crescendo acima da média nacional. Temos registrado média de 30% no fluxo de passageiros por ano, enquanto o país ficou na faixa de 22%. Por tudo isso, acreditamos que nossa capacidade vai ter que ser aumentada a partir de 2015 mesmo com todos esses investimentos".
Os anúncios de Eder e Vuolo foram feitos ontem durante lançamento do Fórum de Secretários de Estado de Meio Ambiente dos 9 estados que compõem a Amazônia Legal. O evento teve participação da ministra Izabella Teixeira (Meio Ambiente), que defendeu investimentos públicos em consonância com a preservação ambiental. Governador Silval Barbosa (PMDB) seguiu mesma linha e frisou que os 2 setores não estão em lados opostos.
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