Representantes dos EUA confirmam reunião com governo da Líbia
Autoridades dos Estados Unidos se encontraram com representantes do ditador líbio Muammar Gaddafi para pedir a ele que deixe o poder, segundo informou o Departamento de Estado americano.
"Não foi uma negociação. Foi a entrega de uma mensagem", disse documento oficial divulgado em horário local de Nova Déli, capital da Índia, onde a secretária de Estado, Hillary Clinton, faz uma visita.
O governo líbio descreveu a reunião como o primeiro passo para a abertura de um diálogo.
O encontro aconteceu no sábado, um dia após a decisão de Washington de reconhecer o conselho rebelde da Líbia como "autoridade de governo legítima". Na ocasião, Hillary afirmou que o regime de Gaddafi "já não tem nenhuma autoridade legítima na Líbia" e pediu a renúncia do ditador líbio.
A decisão de se encontrar com representantes de Gaddafi aconteceu depois de autoridades americanas consultarem forças rebeldes líbias e países integrantes da aliança internacional contra o ditador.
Gaddafi enfrenta desde março uma ampla ofensiva militar dos rebeldes oposicionistas, que exigem sua renúncia imediata. Como outros líderes confrontados na onda de revoltas do mundo árabe, ele condena a interferência externa em seu país e diz que não deixará o poder.
Diante da violenta repressão das forças de Gaddafi, a ONU (Organização das Nações Unidas) aprovou uma resolução para intervenção militar no país, com objetivo de protegê-lo. A ofensiva, iniciada em 19 de março, não conseguiu derrotar Gaddafi, que continua negando pedidos para que deixe o poder --no qual está há 41 anos
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