A tarefa, até 2010, foi realizada com ajuda financeira da Divisão de Assuntos Antinarcóticos (NAS) da embaixada dos Estados Unidos. O chefe da direção de Controle de Coca e Industrialização do Ministério de Desenvolvimento Rural, Luis Cutipa, afirmou à Agência Efe que a entidade americana financiava todo o processo para destruir as plantas confiscadas, incluindo sua transferência de outras regiões até Cochabamba, no centro do país, para incineração.
"Eles nos ajudaram a duras penas em 2010, queríamos chegar a 1,5 milhão de libras destruídas (680 toneladas), mas não conseguimos. E neste ano nos disseram que já não há mais fundos", disse Cutipa.
No ano passado, as autoridades incineraram 445 toneladas de coca, e agora o governo de Evo Morales pretende destruir outras 907 toneladas armazenadas em depósitos estatais, o que pode custar até US$ 300 mil.
Cutipa afirmou que a Bolívia também busca financiamento europeu para continuar desenvolvendo um projeto, iniciado em 2010, para usar uma parte da coca confiscada na fabricação de fertilizantes.
Os usos tradicionais e culturais da coca na Bolívia são reconhecidos e defendidos na Constituição promovida por Morales e vigente desde 2009, mas a planta também é desviada ao narcotráfico para a produção de cocaína.
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