Centenas de jordanianos se manifestam contra repressão e governo
Cerca de 500 jordanianos se manifestaram no sábado (16) em Amã para pedir a renúncia do primeiro-ministro, Marouf al-Bakhit, e o julgamento dos policiais que dispersaram com brutalidade na sexta-feira um protesto a favor das reformas.
O ato de sábado esteve rodeado por medidas extraordinárias de segurança, e representou a continuação da manifestação convocada na sexta-feira pela coalizão de movimentos juvenis 15 de Julho.
Segundo o comitê de coordenação deste grupo, pelo menos 20 pessoas, entre elas 10 jornalistas, ficaram feridas com cassetetes e paus da Polícia.
Os manifestantes cantaram slogans como "o povo quer julgar Bakhit", "o povo quer um governo parlamentar" e "quem agride os manifestantes devem ser castigados".
"Estamos aqui como parte da mobilização popular para pôr mais pressão no Governo e que este adote reformas reais", disse o membro do esquerdista Partido da Unidade Popular.
"Também nos manifestamos para protestar contra as medidas repressivas aplicadas até o momento contra os ativistas pró-democracia, como aconteceu nos ataques de sexta-feira na praça Najil", acrescentou.
O sindicalista Badi Rafayaa, por sua vez, acusou o Executivo de "não ser sério" em seu compromisso de adotar reformas, e assegurou que o protesto "reflete a falta de confiança das pessoas nas promessas reformistas do governo".
Ativistas que chegaram de cidades como Karak, Tafileh e "Ma"an" participaram da manifestação, enquanto um reduzido grupo de uma dezena de partidários governistas se enredou com os manifestantes, que os expulsaram do local.
Tudo isto sucede no mesmo dia em que as autoridades jordanianas anunciaram a detenção de quatro policiais que participaram das agressões contra os manifestantes e jornalistas na sexta-feira.
"Quatro policiais suspeitos de ter participado dos conflitos foram detidos até agora", informou em comunicado o chefe do DSP (Diretório de Segurança Pública), geral Hussein Mayali.
Comentários