Kleber diz que "não merece" enfrentar o Fla, mas nega "migué"
Em nova entrevista polêmica após uma semana em que chegou a fazer ataques públicos à diretoria do Palmeiras e terminou multado em 10% do salário, o atacante Kleber surpreendeu ao dizer que, se fosse o técnico Luiz Felipe Scolari, não deveria enfrentar o Flamengo (exatamente o time que estava tentando contratar o jogador) na próxima quarta-feira, pela 10ª rodada do Campeonato Brasileiro.
Questionado pela reportagem da TV Record se vai jogar diante dos cariocas, no Pacaembu, ele respondeu: "Eu quero estar bem, quero poder jogar". Em seguida, a pergunta foi se ele merecia entrar em campo. "Acho que não. sinceramente não (rindo). Ô, o cara faltou ao treino, criou um monte de polêmica, eu sei lá... se eu fosse treinador, falava que esse cara não vai também para o jogo, não".
Quando a indagação foi sobre a multa que levou pela ausência na atividade da manhã de quinta-feira, em que admitiu ter ido a uma boate na véspera, voltou a alfinetar o clube: "Justíssima. Mas acho que deveriam ter punido os outros também que chegaram atrasados, quando chegaram. Espero que esse dinheiro vá em benefício do clube, que seja bem usado. Espero que não sumam com o dinheiro como fizeram outras vezes".
O camisa 30, porém, admitiu ter exagerado no tom contra o vice-presidente de futebol, Roberto Frizzo, na última segunda-feira. "Acho que passei um pouco do limite. Exagerei um pouco. Eu repetiria algumas coisas que eu disse. Eu critiquei, achei que algumas coisas foram erradas, como ele conduziu a situação. Mas as palavras que eu falei, eu gostaria de pedir desculpas, porque foram erradas".
Ante às acusações de que vem fingindo uma contusão para não completar sete jogos no Nacional e, assim, não poder mais se transferir para outra equipe da Série A, Kleber rebateu: "Na minha vida, eu nunca dei migué. Já joguei cheio de dor. No Cruzeiro, cheguei a precisar operar o púbis depois. Quando você tem dor, tem dor. Eu tenho exame".
Ele completou: "A valorização do jogador vem quando chega outros clubes interessados. Aprendi isso de moleque. Todos os clubes em que passei é assim que funciona. O Neymar ganhava tanto, veio proposta, o Santos teve de aumentar. Isso é o beabá do futebol. Eu nunca pedi [aumento], mas conduziria assim até para não perder o jogador".
O atleta garantiu ter se acertado com o departamento médico do Palmeiras, porém ainda selou a paz com setores da torcida alviverde. "Nunca agradei 100% da torcida, nem no Palmeiras, nem no Cruzeiro. Nunca você vai agradar todos".
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