O governante equatoriano, Rafael Correa, demonstrou neste sábado disposição para dissolver a Assembleia Nacional e antecipar as eleições presidenciais após criticar a oposição no Parlamento, instituição que na sexta-feira não designou seu delegado para integrar uma comissão que reestruturará o sistema judiciário.
O anúncio foi realizado durante seu relatório semanal de trabalhos um dia depois que a Assembleia Nacional suspendesse a sessão na qual, em princípio, devia designar seu representante para a comissão que substituirá o Conselho Judiciário para firmar as bases da reestruturação judicial durante 18 meses.
Na sexta-feira, a oposição no Legislativo conseguiu mudar a ordem do dia a fim de debater as reformas na Lei Orgânica da Função Legislativa, o que postergava a escolha do delegado à comissão, e depois disso o presidente da Assembleia, o governista Fernando Cordero, suspendeu a reunião.
A conformação da comissão, integrada por um representante do Executivo, um da Assembleia Nacional e outro da Função de Transparência e Controle Social, foi aprovada pelo povo em uma consulta popular no dia 7 de maio.
O presidente assinalou que a oposição "está caindo" em "mãos corruptas" para bloquear a escolha do representante da Assembleia à comissão.
Correa assinalou por fim que a oposição tenta conformar uma maioria "para boicotar o Governo".
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