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Internacional
Sábado - 16 de Julho de 2011 às 19:56

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O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou neste sábado que fez concessões em assuntos importantes para os democratas a fim de chegar a um acordo do novo pacote fiscal e evitar que o país entre em moratória em 2 de agosto. Ele disse ainda que espera "o mesmo dos republicanos".

O presidente e os democratas querem aprovar um pacote de medidas fiscais que inclui aumentar os impostos aos contribuintes mais ricos, medida inadmissível para seus adversários, defensores do corte de gastos sociais para obter recursos.

Os republicanos consideram um plano em longo prazo, que ligue o aumento do teto da dívida americana --atualmente em US$ 14,3 trilhões-- à aprovação de uma emenda constitucional que exija equilibrar o Orçamento.

A proposta republicana --que deve ser apresentada no Congresso na próxima terça-feira-- inclui US$ 2,5 trilhões em cortes de gastos, congelamento dos gastos governamentais em uma porcentagem determinada pelo PIB e uma emenda sobre o equilíbrio do orçamento, mas não inclui qualquer aumento de impostos, como propõe Obama e os democratas para aumentar as rendas.

Em seu tradicional discurso de rádio aos sábados, Obama lembrou que seus antecessores na Casa Branca tiveram de fazer "sacrifícios" para alcançar acordos e instou os republicanos a encontrar uma saída à crise de dívida.

"Além do mais, já trabalhamos juntos anteriormente. Ronald Reagan trabalhou com [o ex-presidente democrata da Câmara de Representantes] Tip O"Neill e outros democratas para cortar despesas, elevar a receita federal e reformar a saúde", lembrou o presidente.

Obama assinalou que seu companheiro de partido Bill Clinton, presidente entre 1992 e 2000, "trabalhou com [o ex-presidente republicano da Câmara de Representantes] Newt Gingrich e a maioria republicana para equilibrar o orçamento e criar acréscimos".

"Ninguém alcançou tudo o que queria. Mas trabalharam juntos. E fizeram o país avançar", afirmou Obama, que negociou diariamente com os legisladores de domingo (10) à quinta-feira (14).

Não estão previstos novos encontros neste fim de semana, mas Obama deu ontem um ultimato ao COngresso para que entregue entre este sábado e domingo "uma ideia" do plano para elevar o teto da dívida através de um mecanismo apropriado.

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Obama disse ainda estar comprometido a fazer o que se espera dele e trabalhar duro para elevar o teto da dívida e encontrar um plano adequado para cortar o deficit.

"Precisaremos de um enfoque equilibrado, com sacrifícios compartilhados, e disposição para tomar decisões impopulares para todos nós", assinalou.

Obama reconheceu que não faria algumas das concessões anunciadas, como os cortes dos programas médicos e de seguridade social "se estivéssemos em uma melhor situação fiscal", e pediu aos líderes republicanos no Congresso que sigam a mesma filosofia.

"Se vamos pedir aos idosos, aos estudantes, às famílias de classe média que se sacrifiquem, temos de pedir às corporações e aos americanos mais ricos que compartilhem desse sacrifício", considerou, em recado direto aos republicanos e sua resistência em aumentar os impostos para os mais ricos.






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