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Nacional
Sábado - 16 de Julho de 2011 às 18:32
Por: LUCIANA COELHO

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A gigante da compra on-line Amazon lançou globalmente nesta semana um novo endereço focado em grifes, que exige afiliação para participar e funciona como espécie de site de compras coletivas de luxo, prometendo descontos nos preços de roupas e acessórios de estilistas.

O MyHabit.com foi ao ar em maio nos EUA, mas só agora passou a fazer entregas para outros 55 países. O Brasil é um alvo, e encomendas de produtos no país são oferecidas com uma taxa fixa de US$ 15 (R$ 24) e um prazo prometido de 3 a 6 dias úteis. É cobrado o imposto local.

Clientes cadastrados na Amazon podem usar a mesma senha para entrar no site, que não cobra a adesão e incentiva o "convite a amigos", nos moldes das redes sociais. O MyHabit também investe em vídeos e editoriais de moda que se assemelham ao de revistas prestigiadas.

"Identificamos uma necessidade de experiência de compras diferente entre nossos clientes, e queríamos um negócio que satisfizesse essas necessidades", disse à Folha Laura Porco, diretora de produtos do novo site, explicando o porquê de uma marca à parte da Amazon.

A gigante on-line surgiu nos EUA como livraria, mas hoje tem filiais em sete países e vende de aspiradores de pó a cosméticos, além de livros, eletrônicos e roupas.

GROUPON FASHIONISTA

Cada uma das liquidações promovidas dura três dias, e é possível seguir um cronograma de eventos que anuncia qual será a próxima marca ou item ofertado. Embora mulheres sejam foco, há produto para homens e crianças.

Laura Porco afirma que a compra em grupo e a base fixa de clientes, garantidas pela afiliação, permitem às marcas trabalhar com mais descontos. Na sexta, um mesmo modelo de bolsa da marca Treesje era vendido no site por US$ 82 (R$ 130), e na Bloomingdale"s , por US$ 215 (R$ 339).

A empresa, que responde à diretoria da Amazon, não revela, porém, quanto vendeu em seus primeiros meses de atividade nos EUA, em plena crise econômica e em meio a uma enxurrada de concorrentes, como a Asos. Limita-se a dizer que a resposta tem sido "positiva".

A Amazon tampouco abre o percentual de suas vendas ao exterior.

Mais recentemente, a empresa tem se envolvido em controvérsias com governos estaduais nos EUA por usar sua condição de loja virtual e brechas legais para não recolher a versão local do ICMS.

No primeiro trimestre deste ano, o lucro da Amazon despencou 33% para US$ 201 milhões, embora sua receita tenha crescido e alcançado quase US$ 10 bilhões.

O descompasso, segundo o balanço e uma tendência entre as varejistas on-line, é resultado do maior investimento em novas tecnologias e em armazéns de expedição.






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