Ato de cobrança por mais políticas públicas para as mulheres surgiu no Canadá e também já ocorreu em São Paulo, Brasília e outras capitais brasileiras
Versão curitibana da “Marcha das Vadias” reúne cerca de 200 pessoas
Cerca de 200 pessoas participam no fim da manhã deste sábado (16) da versão curitibana da Marcha das Vadias. A manifestação é uma resposta a cultura machista no mundo, segundo as organizadoras. O protesto surgiu após um policial de Toronto, no Canadá, afirmar durante uma palestra que as mulheres deveriam parar de usar roupas de “vadias” para evitar os estupros.
A marcha já ocorreu em São Paulo, Brasília e outras capitais brasileiras. No Paraná, a ideia é cobrar mais politicas públicas para as mulheres, de acordo com uma das organizadores do evento, a atriz Ludimila Nascarella.
De acordo com ela, pesquisas apontam que a cada 24 segundos uma mulher é espancada no país. “Queremos tratar da saúde da mulher, desmistificar o termo vadia. Estamos armadas com autoestima e amor”, afirma.
O grupo exige que os governos divulguem dados mais claros sobre a violência contra a mulher. “A gente quer mais dados, transparência, para que possa ser planejada políticas públicas”, relata outra coordenadora da manifestação, Stephany Mattano.
Ao lado de muitas mulheres, crianças, jovens, homens e idosos também tiveram presentes na manifestação. Segundo Cléber Moura, que participou da marcha, o evento vai além do feminino. “É para todas as classes que se sentem inferiorizadas”.
Redes sociais
Após a Marcha das Vadias de São Paulo, no começo de junho, um grupo curitibano de amigos iniciou uma mobilização pelas redes sociais. Pela internet, segundo Ludimila, conseguiu 11 mil adesões a manifestação, que tem como mote principal “Por prazer ou profissão, sexo não é convite à violência”.
Além da resposta contra o machismo, a Marcha das Vadias pretende sensibilizar a população sobre a falta de humanidade. “As pessoas não se importam mais umas com as outras”, afirma Stephany.
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