"Acreditamos que o status quo no Chipre não beneficia ninguém", afirmou Hillary durante uma entrevista coletiva à imprensa ao lado do ministro turco das Relações Exteriores, Ahmet Davutoglu, em Istambul.
"Queremos uma federação com duas comunidades e duas zonas, e queremos o quanto antes", acrescentou.
A ilha está dividida desde 20 de julho de 1974, quando a Turquia invadiu o norte do Chipre em resposta a um golpe de Estado aplicado por nacionalistas greco-cipriotas apoiados pela Junta dos Coronéis no poder em Atenas, cujo objetivo era anexar a ilha à Grécia.
A República do Chipre conta com o reconhecimento internacional, mas a autoproclamada República Turca do Chipre do Norte (RTCN) é reconhecida por Ancara.
Desde setembro de 2008 são realizadas negociações de paz entre líderes das comunidades turca e grega da ilha, mas não houve resultados até agora. O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, pediu a ambas as partes que cheguem a um acordo antes de outubro.
Davutoglu levantou o tom esta semana e advertiu que a questão cipriota deve ser resolvida antes que o Chipre assuma a Presidência interina da União Europeia (UE), em julho de 2012, ou, caso contrário, haverá um bloqueio das relações Turquia-UE.
"Se a administração greco-cipriota atrasar as negociações e chegar sozinha à Presidência (...) não só significará uma ausência de solução para a ilha, como também que as relações entre Turquia e UE chegam a um ponto morto", afirmou na quarta-feira.
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