Repórter News - reporternews.com.br
Internacional
Sábado - 16 de Julho de 2011 às 12:46

    Imprimir


Os Estados Unidos e os talibãs afegãos acordaram a abertura de um escritório político do grupo em um país muçulmano, uma vez que desliguem-se da Al Qaeda, informou neste sábado a agência iraniana Fars, citando um ex-alto cargo talibã.

Segundo a agência, Maulvi Arsala Rahmani, que foi ministro com os talibãs, separou-se do grupo e aceitou a reconciliação oferecida pelo Governo afegão de Hamid Karzai, afirmou que "os Estados Unidos acederam ao estabelecimento de um escritório político de representação da direção dos talibãs em um país muçulmano".

"A comunidade internacional liderada pelos EUA foram contra ao estabelecimento de uma missão oficial da direção dos talibãs no passado, mas agora EUA aceitaram", disse Rahmani, que ressaltou que, como passo prévio, "os talibãs devem separar-se da Al Qaeda".

A agência assinala que Rahmni não detalhou em que país poderia ser instalado o escritório de representação talibã, mas aponta que Arábia Saudita, Turquia e Turcomenistão são os países mais prováveis.

Na sexta-feira, o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) anunciou que havia retirado de sua lista negra de terroristas 14 talibãs, entre os quais quatro membros do Conselho de Paz, criado pelo Governo do Afeganistão para impulsionar a reconciliação no país.

Em comunicado, o embaixador alemão diante da ONU, Peter Wittig, presidente rotativo do Conselho de Segurança e que preside também o comitê desse órgão que avalia o regime de sanções imposto aos talibãs afegãos, declarou que a medida respondia a um pedido do governo de Cabul. "O Conselho de Segurança e a comunidade internacional apoiam os esforços do Governo afegão para conseguir que os talibãs reconciliados se envolvam em um diálogo político para alcançar a paz e a segurança no Afeganistão", assegurou a nota.

Após a decisão de sexta-feira, na lista negra de sanções contra os talibãs restam 123 indivíduos, submetidos, pelas resoluções do Conselho de Segurança, ao embargo de seus bens e de armas, assim como à proibição de viajar.

Em janeiro, o presidente Karzai criou o Conselho de Paz do país para reintegrar cerca de 36 mil insurgentes. O regime de sanções contra a Al Qaeda e os talibãs foi criado em 1999 e reforçado após os atentados de 11 de setembro de 2001 nos Estados Unidos, embora em junho o Conselho de Segurança tenha decidido separar em duas listas os membros da Al Qaeda e os talibãs.





Fonte: EFE

Comentários

Deixe seu Comentário

URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/83397/visualizar/