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Sábado - 16 de Julho de 2011 às 10:57

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O goleiro Rogério Ceni estabelecerá neste domingo mais um recorde com a camisa do São Paulo. No duelo contra o Internacional, no Beira-Rio, o capitão tricolor disputará seu 107º jogo seguido pelo time paulista, igualando a maior sequência da história do clube, que foi alcançada pelo ex-goleiro Suli, na década de 1960.

Mas, para chegar a mais uma marca expressiva, o ídolo são-paulino atravessou um momento bastante turbulento, que se confundiu com a crise do clube.

Poucos jogos antes de atingir o recorde, Ceni conviveu com a dor e, posteriormente, com as falhas. Logo na primeira partida do São Paulo no Campeonato Brasileiro, diante do Fluminense, o capitão sofreu uma forte entorse no tornozelo esquerdo, que o obrigou até a deixar o gramado antes do fim.

Nas semanas seguintes, o goleiro diminuiu a carga de treinos nos campos e era sempre colocado como dúvida, mas esteve presente com boas atuações nas vitórias sobre Figueirense e Atlético-MG. Assim, voltou a treinar com o grupo e continuou escalado nas partidas seguintes, tendo atuação determinante no triunfo diante do Ceará, o último de uma série de cinco resultados positivos da equipe.

Depois, o São Paulo mergulhou em uma crise, com o goleiro em instabilidade. Na goleada por 5 a 0 para o rival Corinthians, Ceni falhou feio em chute de longe de Jorge Henrique, deixando a bola passar por baixo de seu braço.

Na rodada posterior, mais um erro. Desta vez, no estádio do Morumbi, Elkeson soltou um chute despretensioso de longe, mas Ceni espalmou para as redes. A crise, agravada com o tropeço para o Flamengo, tornou o goleiro alvo de piadas dos torcedores rivais.

A vitória sobre o Cruzeiro, no domingo, amenizou a tensão nos bastidores do Morumbi e melhorou o clima para o 107º jogo do capitão, que tem fama de fominha. A última vez em que Rogério ficou fora da meta tricolor foi em janeiro do ano passado, quando Bosco atuou na segunda rodada do Campeonato Paulista, diante do Mirassol, ainda sob o comando de Ricardo Gomes.

De lá para cá, ao longo destes jogos consecutivos, o capitão não conseguiu o que mais gosta, que é ganhar títulos, mas ao menos pôde festejar o centésimo gol de sua carreira, no clássico diante do Corinthians, no dia 27 de março passado. Em cobrança de falta, o atleta de 38 anos superou Julio Cesar e estufou as redes do rival, encerrando tabu dos são-paulinos frente aos alvinegros. O gol ganhou repercussão no país todo e também no exterior.

Agora, maior goleiro-artilheiro da história e jogador com mais partidas disputadas pelo São Paulo, Ceni atinge novo recorde, em busca de dias melhores para o clube.






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