Homens armados aliados aos manifestantes que tentam derrubar o presidente do Iêmen, Ali Abdullah Saleh, mataram um chefe de segurança e dois guarda-costas na cidade de Taiz nesta sexta-feira, disse uma autoridade. Além disso, quatro civis foram mortos atingidos por morteiros.
Até sete mil manifestantes saíram nesta sexta às ruas da terceira maior cidade do Iêmen, que se tornou o epicentro do movimento de protesto. O município fica cerca de 200 quilômetros ao sul da capital Sanaa, onde novos protestos anti-Saleh ocorreram após as orações do dia sagrado para os muçulmanos.
Uma autoridade do governo local disse que os homens armados fizeram uma emboscada para o carro que pertencia ao chefe de segurança da região. Outros três homens da equipe foram feridos com gravidade.
Seis meses de protestos contra o governo de três décadas de Saleh paralisaram diversas cidades pelo Iêmen, em especial Taiz, onde membros armados da oposição têm confrontado esporadicamente as forças do governo enquanto o impasse político continua no Iêmen.
Embora os lideres veteranos da Tunísia e do Egito tenham se curvado à demanda popular para que deixassem o poder, Saleh, que se recupera em Riad de uma tentativa de assassinato, resiste à pressão internacional para que renuncie, deixando o Iêmen no limbo político.
As autoridades locais disseram que diversos morteiros foram disparados contra bairros de Taiz na sexta-feira, onde suspeitam que os manifestantes armados da oposição estejam se escondendo. Moradores e grupos da oposição, porém, afirmaram que as bombas pareciam ter sido lançadas a esmo.
Eles afirmaram que quatro civis morreram e ao menos sete ficaram feridos.
Mais para o norte no Iêmen, os combates entre rebeldes xiitas conhecidos como houthis e membros armados do principal partido de oposição do país, o Islah Islâmico Sunita, entraram no sétimo dia e causaram a morte de cerca de 60 pessoas, informou o diário pan-árabe Al-Hayat.
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