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Internacional
Sexta - 15 de Julho de 2011 às 13:12

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A News International pedirá desculpas pelo escândalo das escutas ilegais supostamente feitas pelo "News of the World" por meio de avisos de página inteira que serão publicados neste fim de semana nos jornais britânicos.

James Murdoch, filho do magnata Rupert Murdoch e responsável para a Europa do grupo News Corporation, comunicou esta decisão em uma nota de agradecimento a Rebekah Brooks, que se demitiu da empresa.

Além de pedir desculpas à população do Reino Unido, a News International quer informar o público sobre as medidas que está tomando para superar os graves problemas que vieram à tona nas últimas semanas.

A companhia também enviará cartas aos anunciantes que publicam em veículos do grupo para mantê-los a par das medidas que estão sendo tomadas, depois que várias empresas decidiram deixar de anunciar em seus meios pelo escândalo das escutas.

Na mensagem, Murdoch reconhece que a News International cometeu erros, mas lembra que ele e seu pai prestarão esclarecimentos na próxima terça-feira no Comitê de Meios de Comunicação da Câmara dos Comuns para informar sobre sua determinação em corrigir os problemas.

Após intensas pressões de políticos e jornalistas para que renunciasse, Rebekah, o rosto mais visível do escândalo dos grampos, comunicou finalmente nesta sexta-feira sua demissão através de um e-mail interno aos funcionários da empresa.

Rebekah será substituída pelo executivo-chefe da Sky Itália, Tom Mockridge, que ocupará seu posto com efeito imediato.

ESCÂNDALO

Há anos há denúncias e relatos de que repórteres do tabloide acessaram ilegalmente mensagens de telefones de políticos, celebridades e membros da família real para obter informações exclusivas.

Entre outros, foram violados os telefones da atriz Sienna Miller; do ex-vice-primeiro-ministro John Prescott e do príncipe William, o que gerou um escândalo envolvendo o tabloide sensacionalista.

Nas últimas semanas, o escândalo ganhou novas proporções com denúncias de que vítimas de crimes e até familiares de soldados mortos nas guerras do Afeganistão e Iraque foram grampeados. Há ainda relatos de que o tabloide teria pago propina a policiais por informações.

Nesta semana, a comandante da Operação Weeting, que investiga os grampos, Sue Akers admitiu ao Parlamento que apenas 170 pessoas foram contatadas até agora de uma lista de 3.870 nomes, 5.000 telefones fixos e 4.000 celulares.

O "News of The World" pertencia ao grupo News Corporation (News Corp.), um dos maiores conglomerados mundiais de mídia, pertencente a Murdoch.

O tabloide era o jornal mais vendido aos domingos no Reino Unido, com uma circulação média de quase 2,8 milhões de exemplares. Sua última edição, com o título "Obrigado e Adeus", circulou no domingo passado (10), após decisão de Murdoch de fechar a publicação de 168 anos.

O escândalo também teve repercussão nos negócios de Murdoch. Ele se viu obrigado a retirar a oferta de adquirir a totalidade das ações do canal pago BSkyB, da qual já possui 39%.





Fonte: EFE

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