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Agronegócios
Sexta - 15 de Julho de 2011 às 10:04

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De acordo com o último levantamento de colheita divulgado pelo Imea, 27,5% das lavouras de milho segunda safra já foram colhidas. A evolução semanal foi de 12,9 pontos percentuais (p.p.) frente aos 14,6% registrados na semana anterior. 

Os trabalhos seguem com atraso de 38,5 p.p., se comparados ao mesmo período do ano passado, quando já estavam colhidos 66,0% das áreas. Contudo, isso já era esperado devido ao atraso de plantio, a consequência será um prolongamento no período de colheita. As regiões mais adiantadas continuam sendo médio-norte e norte, com 39,7% e 36,0%, respectivamente, seguidas pela região nordeste, com 21,4%. A produtividade continua ligeiramente acima da estimada antes da colheita, mas começa a se aproximar o período determinante, em que as áreas que foram plantadas após o dia 24 de fevereiro, quando a falta de umidade começou a comprometer parte da lavoura.

Nas próximas semanas, quando o número se aproximar da metade colhida, esses números de produtividade poderão ser afinados, pois nas áreas mais adiantadas será possível visualizar uma possível queda. O produtor deve ficar de olho na safrinha do Paraná e do Mato Grosso do Sul, pois existem fortes indícios de que a geada pode interferir na produtividade das lavouras. Em Mato Grosso, os negócios continuaram bem devagar durante toda a semana, mesmo dando sinais de melhora em relação à semana passada.  O agricultor está focado na colheita do cereal, que ganhou força nesta semana.

Com a chegada da nova safra o preço tende a cair por causa da oferta de milho no mercado disponível, mas ainda permanece um desencontro entre vendedor e comprador. O preço ofertado pelas tradings e corretoras ficou na casa dos R$ 15,50/sc em Campos de Júlio. Em Campo Verde existem propostas a R$ 17,50/sc, contudo os produtores estão pedindo R$ 2,80 a mais pela saca. Em Nova Mutum a cotação esteve a R$ 15,00/sc, já em Rondonópolis o preço foi de R$ 19,50/sc. Em Canarana o valor ficou em R$ 16,50/sc.  A produção mato-grossense de milho é quase totalmente absorvida pelas exportações.

Das 8,4 milhões de toneladas produzidas na safra 09/10, apenas 16% foram destinadas ao mercado interno, o restante foi embarcado para outros países. Vale lembrar que 2010 foi o ano que Mato Grosso mais exportou, superando em duas vezes o volume que era embarcado em 2008. Porém, para a safra 10/11, o cenário é diferente.

Além da redução de área, a cultura do milho no Estado também sofreu alguns impasses climáticos que acabaram derrubando as estimativas em aproximadamente 20% em relação à safra anterior. 

O efeito dessa queda no volume produzido pode afetar diretamente as exportações, uma vez que as embarques do ano passado superaram a estimativa da produção deste ano em 354 mil toneladas, e a alimentação animal está indicando uma maior demanda interna do produto, já que a seca prejudica a pastagem. As informações partem da Assessoria de Imprensa do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária.(CBL) 






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