MPE quer nascentes limpas
As nascentes dos córregos do Machado, localizado no bairro Jardim Gramado, e do Caju, que fica no CPA 2, serão limpas pelo Município depois da assinatura de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com o Ministério Público Estadual (MPE), prevista para hoje. O promotor do Meio Ambiente, Gerson Barbosa, pede a recuperação do local, bem como o tratamento do esgoto. No documento, ele alerta que "há uma perda de quantidade e qualidade da água".
O lavrador Joaquim Sarque de Arruda, 56, mora ao lado do córrego e afirma que o cheiro é insuportável, principalmente pela manhã. Ele relata que a água é preta e o cheiro de esgoto é predominante.
Nos períodos de chuva, a situação fica ainda pior porque o leito do córrego fica repleto de lixo doméstico e demais entulhos, que são carregados pela correnteza.
A vendedora autônoma Zita Rocha de Oliveira, 49, não acredita que exista solução para o córrego. Ela o define como um esgoto a céu aberto e defende que a única saída é a canalização.
Há 7 anos, parte do córrego foi canalizado após uma luta dos moradores, que conseguiram apoio político para a obra. A construção melhorou a qualidade de vida da vizinhança, diz a vendedora.
Além do cheiro ruim, a mulher reclama dos animais peçonhentos, como ratos, baratas e escorpiões, que proliferam-se na margem do córrego, onde há acúmulo de lixo.
Outra questão são os mosquitos. No período da noite, as pessoas precisam manter as casas fechadas e usar veneno para tentar minimizar o transtorno. Zita explica que ainda há o risco da dengue.
Outro lado - A reportagem entrou em contato com a Secretaria Municipal de Meio Ambiente que não falou sobre a assinatura do TAC.
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