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Internacional
Quinta - 14 de Julho de 2011 às 20:00

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Kiyoshi Ota/Getty Images
Kan defende uma redução progressiva da cota da eletricidade nuclear em benefício das energias renováveis, como a solar,
Kan defende uma redução progressiva da cota da eletricidade nuclear em benefício das energias renováveis, como a solar,

O primeiro-ministro japonês, Naoto Kan, falou na última quarta-feira (13) sobre a redução do uso de energia nuclear no país. Há algum tempo Kan vem dando declarações a respeito, mas só agora ele defendeu abertamente o fim das usinas nucleares.

O desastre na usina Daiichi, em Fukushima, trouxe de volta debates sobre a real necessidade de o Japão continuar usando energia nuclear, pois até então, a política do país era firme em defender este tipo de energia como a principal fonte de eletricidade.

Em entrevista à imprensa Kan disse que futuramente a população vai perceber que uma sociedade pode se desenvolver sem reatores nucleares. Ele afirmou que o desastre mudou a forma dele ver a questão.

Kan defende uma “redução progressiva da cota da eletricidade nuclear em benefício das energias renováveis, como a solar, a eólica e a biomassa” até que se chegue à substituição completa. Atualmente, 30% da produção energética do Japão é nuclear.

O que se questiona agora nos principais veículos de comunicação é quando se pretende iniciar tal redução, pois Kan, apesar do discurso, não apresentou um cronograma para executar as ações e ainda afirmou que é cedo para fazê-lo.

Além de não apresentar nenhuma programação ainda há o fato dele já ter afirmado que irá renunciar logo após algumas leis sobre a reconstrução dos estragos causados pelo terremoto serem aprovadas. Se este assunto ficará a cargo do próximo primeiro-ministro também não se sabe.

Hoje no Japão há 54 reatores funcionando, entre eles 35 estão parados desde março de 2011. Após o acidente em Fukushima, Alemanha, Itália e Suíça anunciaram que encerrarão o sistema de energia nuclear civil. Já a França e os Estados Unidos afirmaram a intenção de continuar a usar energia nuclear. Com informações do DCI e Estadão.

Redação CicloVivo






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