Embrapa e Ministério da Agricultura promovem evento em Teresina (PI) para divulgar a produção de cultivares ricos em nutrientes, resultado de seleções de cruzamentos genéticos
Encontro discute alimentos biofortificados
A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), ligada ao Ministério da Agricultura, promove, até sexta-feira, 15 de julho, em Teresina (PI), a 4ª Reunião de Biofortificação. O objetivo é discutir o avanço dessa prática no país, apresentar experiências e casos de sucesso e esclarecer dúvidas de interessados no assunto.
Arroz, feijão-caupi, mandioca e batata-doce são alguns alimentos já plantados no Brasil a partir da biofortificação. A técnica promove o cultivo de vegetais, grãos e legumes com índices mais altos de vitamina, zinco, ferro e outros nutrientes. “Os alimentos biofortificados apresentam maior potencial para suprir a demanda por vitaminas e nutrientes nas crianças de baixa renda, principalmente nas regiões menos favorecidas economicamente”, explica a pesquisadora da Embrapa Meio-Norte e líder da Rede de Biofortificação no Brasil, Marília Nutti. Na reunião são apresentados os avanços obtidos na melhoria de alimentos utilizados na merenda escolar. “Conseguimos produzir um tipo de feijão com o dobro de ferro, e mandioca com mais vitamina E do que a cenoura”, conta.
No Brasil, as pesquisas em biofortificação estão avançadas em diversas regiões, especialmente nos estados do Ceará, Sergipe, Piauí e Maranhão. Técnicos da Embrapa já fizeram testes de aceitação de alguns produtos biofortificados nessas áreas.
O projeto de biofortificação de alimentos conta com o apoio de parceiros no Brasil e no exterior. Em Sergipe, foram instaladas áreas de cultivo desses alimentos, para análises de cultivares biofortificadas. “Nosso objetivo é implantar essas áreas experimentais em outras regiões do nordeste brasileiro”, ressalta.
A 4ª Reunião de Biofortificação no Brasil reúne pesquisadores brasileiros e estrangeiros, membros da Rede de Biofortificação no Brasil, América Latina, Índia, África e Estados Unidos, ligados à cadeia de produção do arroz, abóbora, feijão, feijão-caupi, mandioca, milho, batata-doce e trigo.
Nos cinco dias de reunião, são esperadas mais de 200 pessoas, entre pesquisadores, professores, estudantes, extensionistas, técnicos de agroindústrias e empresários. Cerca de 53 trabalhos na forma de pôsteres e 54 resumos dos palestrantes estão sendo apresentados. Os trabalhos serão publicados na forma de resumos expandidos nos Anais da reunião e também estarão disponíveis em CD-ROM e no site do Projeto BioFort.
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