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Internacional
Quarta - 13 de Julho de 2011 às 20:54

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Forças leais ao líder líbio Muammar Gaddafi retomaram nesta quarta-feira um vilarejo ao sul da capital que havia sido capturado pelos rebeldes há uma semana, impondo um revés aos planos dos rebeldes para marchar sobre Trípoli.

A perda do controle sobre o vilarejo de Al-Qawalish, a cerca de 100 km de Trípoli, ressaltou o padrão inconstante dos avanços dos rebeldes que levaram alguns de seus apoiadores do Ocidente a pressionar por uma solução política ao conflito.

As forças de Gaddafi depois pressionaram para além de Al Qawalish para as imediações de Al Qalaa e de Kikla, dois vilarejos próximos ao norte.

Um jornalista da Reuters disse ter visto quatro ou cinco ambulâncias partindo em alta velocidade da linha do front na direção de Zintan, onde os rebeldes têm um hospital.

Médicos do hospital de Zintan afirmaram que dois rebeldes morreram e 12 ficaram feridos no confronto.

Centenas de rebeldes fugiram para as colinas cerca de 10 km ao norte de Al Qawalish quando foi iniciado o contra-ataque. Colunas de fumaça preta subiam de uma colina onde morteiros disparados pelas tropas do governo caíam.

Um combatente rebelde disse que eles usariam as mesmas táticas de uma semana atrás para retomar Al Qawalish. "É a mesma batalha", disse ele.

Dezenas de rebeldes subiram em cerca de uma dezena de caminhonetes com armamentos pesados, gritando "Allahu Akbar" ou "Deus é o Maior" enquanto iam em comboio em direção a Al Qawalish.

"Os rebeldes pretendiam chegar ao vilarejo ao cair da noite", disse Moktar Lakdar, comandante rebelde.

Uma equipe da Reuters esteve em Al Qawalish na manhã de hoje, quando as forças pró-Gaddafi começaram a incursão no vilarejo. Um tiroteio ocorreu no leste do vilarejo e caíram bombas nas proximidades. Pouco depois, vários caminhões com combatentes rebeldes fugiram em alta velocidade das forças do governo. Um deles gritava "vão, vão, não é seguro aqui!"

As forças rebeldes planejavam usar Al Qawalish como um posto para tomar a cidade de Garyan, que controla o acesso à principal rodovia que leva para Trípoli.

Gaddafi, no poder há 41 anos, resiste desde março aos bombardeios da Otan em apoio aos rebeldes, os quais por sua vez se recusam a negociar com o atual governo.






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